A Associação Paulista de Medicina teve, na última quinta-feira (19), casa cheia e clima de happy hour para mais uma edição do projeto Música no Maracá. Antes do tradicional show houve, porém, uma atração especial: o jornalista Marcelo Tieppo, atualmente colaborador do Uol e blogueiro do Terra, apresentou seu livro “Tocando a Vida”, onde conta como os Beatles o ajudam a lutar por sua vida.
Isso porque Tieppo foi diagnosticado, há 10 anos, com câncer de pulmão e desde então batalha contra a doença. “Quando descobri a doença, ela já estava espalhada. Comecei a perceber, apesar de toda ajuda dos médicos e dos melhores tratamentos que tive, que a música dos Beatles me ajudava. Por exemplo, após a primeira cirurgia, tirei forças de não sei onde. Depois, tive a primeira chance de ficar sozinho, no metrô, ouvindo ‘Let It Be’ e comecei a chorar – me permiti ter um pouco de fraqueza, longe de família e amigos. Aí percebi a importância dos Beatles.”
O jornalista – com passagens por TV Globo e Gazeta Esportiva – diz que a partir desse momento teve a ideia que foi desembocar neste livro. “Todos os capítulos trazem músicas dos Beatles e a relação delas no seu tratamento, como naquele momento do metrô ou ouvindo ‘The Long And Winding Road’ durante as sessões de quimioterapia. Percebi que a música me ajudou muito na questão da alma”, completou. Tieppo aproveitou a ocasião e deu uma palhinha: cantou ‘Yesterday’ com a banda.
Apresentação
O grupo, formado por membros da irreverente banda Língua de Trapo, como não poderia deixar de ser, interpretou canções do quarteto de Liverpool. Após a intervenção de Tieppo, Sérgio Gama (guitarra, violão e vocal), Cacá Lima (contrabaixo e vocais), Valmir Valentim (bateria) e o convidado especial Caio Gama (guitarra) deram início ao show, que começou animando a plateia com ‘All My Loving’ – confira a setlist completa abaixo.
Entre os presentes no público, inclusive, esteve o alemão Tibor Schuster, diretor dos programas de Ph.D. e pós-doutorado do departamento de Medicina de Família da McGill University (Canadá). Ele esteve acompanhado de Catherine Ji, médica de família canadense; Samuel Soares Filho, supervisor médico do Santa Marcelina e mestrando da McGill; Júlia Obuti, acadêmica de Psicologia; e Renan Gussen, interno do Santa Marcelina.
No intervalo entre as entradas da banda, Sérgio Gama agradeceu a APM pela recepção: “Um lugar muito bacana, em que já me apresentei algumas vezes, gosto muito de tocar aqui. A Associação dá valor não só aos músicos, mas a todos os artistas. Sou suspeito para falar daqui, onde sempre faço grandes amigos. A APM é um polo cultural de São Paulo”.
Ele também contou a sua relação com Tieppo, que era fã da Língua de Trapo e acompanhava os shows. “Eu ainda não o conhecia. Ele é amigo do meu filho e nos conhecemos em uma apresentação. E aí entrei na história: fiz trechos dos capítulos do livro dele com as músicas. Por isso, hoje estamos aqui. E com um convidado especial: o Caio, meu filho, participando conosco”, disse.
Criado em 2017, o programa Música no Maracá busca criar uma pausa na rotina dos associados da APM, promovendo o encontro entre amigos e a oportunidade de ouvir boa música ao vivo.
Setlist
1ª entrada
2ª entrada
Fotos: BBustos Fotografia
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Dedicado à Neurologia do esporte, o módulo foi coordenado por Acary Bulle de Oliveira. Na primeira aula, Ricardo Arida abordou o tema “Esportes e cérebro humano: uma perspectiva evolutiva”.
Carlo Domenico Marrone foi o coordenador do debate sobre Neurofisiologia, que teve início com Wilson Marques Junior falando sobre “Como a Eletroneuromiografia pode auxiliar na Diferenciação entre Neuropatias Hereditárias e Neuropatias Adquiridas”.
Após as conferências, começaram as últimas mesas científicas do evento. Neste espaço, Ana Cláudia Piccolo coordenou os debates sobre Neuro-oftalmologia.
Em mesa dedicada à Neuro-otologia, a primeira palestrante foi Emanuelle Roberta da Silva Aquino, que trouxe o tema “Anamnese: como identificar os diferentes tipos de tontura/vertigem?”.