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16/03/2021 - 10ª Distrital da APM discute defesa do trabalho médico

Na última segunda-feira, 15 de março, os diretores de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina se reuniram virtualmente com os representantes da 10ª Distrital da entidade, com o intuito de debater e aproximar as visões sobre realidade profissional das Regionais no estado de São Paulo, buscando um ponto comum de reivindicações e unificação da classe médica.

Além de Marun David Cury e Roberto Lotfi Jr., diretores de Defesa Profissional da APM Estadual, participaram: Marisa Miranda, diretora da 10ª Distrital; Juliana Kuhn Medina, Wilson Vidal e Fernando Mourão Valejo, respectivamente presidente, vice-presidente e diretor da APM Presidente Prudente; Marcelo Ribeiro da Fonseca e Leonardo Levin, respectivamente presidente e diretor da APM Dracena; e Geovane Furtado Souza, diretor da 8ª Distrital.

Marun começou lembrando que, desde 2011, a APM lidera a Comissão Estadual de Negociações com as operadoras de planos de saúde, definindo, junto das entidades apoiadoras, uma pauta anual de demandas para a valorização do trabalho médico. Desta forma, as reuniões com as Distritais é uma forma de incorporar as visões e desafios das Regionais às reivindicações.

“Queremos fazer o diagnóstico local e avançar com estratégias para o trabalho de vocês, colegas do interior, ser valorizado como deveria”, disse. Ele também lembrou que na 10ª Distrital, a Unimed tem grande penetração e, por isso, os cooperados devem ir às reuniões defender e lutar pelos interesses dos médicos, para que sejam valorizados também na instância das cooperativas.

O diretor de Defesa Profissional da APM ainda aconselhou aos médicos da 10ª Distrital - composta pelas Regionais de Dracena e de Presidente Prudente, abrangendo 38 cidades da região - que, independentemente do meio escolhido, é muito importante que as Regionais possuam um diagnóstico da situação da região em que atuam, o que possibilitará que as necessidades e desafios sejam publicizados com mais eficácia.

“Assim, vamos alertar a população local que a entrada de planos como a Hapvida resultará em desvalorização do trabalho médico, em atendimentos precarizados e, por consequência, na qualidade de vida dessas pessoas. É papel da APM alertar para esse risco e dialogar com as autoridades, com a sociedade e com a imprensa sobre isso”, completou.

Modelo da 8ª Distrital
Exemplificando os problemas enfrentados em algumas regiões, o diretor da 8ª Distrital, Geovane Furtado Souza, disse que a situação de São José do Rio Preto – onde coexistiam quatro ou cinco planos de maneira saudável – começou a mudar, há cerca de três anos, com a chegada da Hapvida, que inclusive se associou à Santa Casa local, comprando o plano deles e estendendo ramificações em outras cidades próximas.

“Eles passaram a colocar muitos médicos recém-formados para atender pela metade do valor, se estabelecendo nas cidades e os levando para trabalhar nessas condições. O plano ainda coexiste na Santa Casa e queremos chamar a atenção dos colegas para esse fato”, explicou.

Uma das iniciativas nesse sentido foi a organização de um questionário elaborado em conjunto com a APM Estadual para mapear a situação e principais dificuldades dos profissionais da região com os planos de saúde, de forma a elaborar um plano de ação e denunciar eventuais irregularidades à imprensa e autoridades locais.