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14/04/2021 - 11ª Distrital discute medidas de valorização com Defesa Profissional

Na última segunda-feira, 12 de abril, a Diretoria de Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina deu prosseguimento aos encontros com os representantes do interior, ao se reunir virtualmente com os médicos da 11ª Distrital. O intuito desse trabalho é entender a realidade profissional das Regionais da APM, buscando um ponto em comum de reivindicações e unificação da classe médica.

“Queremos montar estratégias de valorização na saúde suplementar em todo o estado. Sabemos que o interior por vezes tem mais dificuldades na negociação com os planos de saúde”, disse Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da APM, que lembrou que a Associação, desde 2011, lidera a Comissão Estadual de Negociação com as operadoras, lutando todos os anos por reajustes de honorários e procedimentos.

Para ele, o ideal é que Distrital e Regionais tenham um diagnóstico da situação dos médicos da região que atendem em saúde suplementar. “Isso pode ser feito por meio de pesquisas locais para vermos o nível de satisfação dos médicos e da população. Com esse diagnóstico, podemos traçar estratégias.”

A ideia principal, conforme Marun Cury, é mostrar para autoridades, população e imprensa que a sociedade merece um atendimento médico de qualidade – o que tem sido cada vez mais raro com o avanço de determinados planos de saúde no interior paulista, que praticam a verticalização.

“Essas operadoras estão pagando por hora e estão exigindo que um colega atenda, em uma hora, até oito consultas. Não tem como ter qualidade assim. Quando falamos em valorização do médico, é para que ele tenha boas condições de trabalho para atender bem os pacientes”, detalha o diretor da APM.

Experiência local
Ronaldo de Oliveira Júnior, diretor de Defesa Profissional da APM Marília, falou que, na região, além das questões com as operadoras de planos de saúde, a entidade tem visto com preocupação a proliferação de “clínicas populares”.

“Há uma infestação dessas clínicas aqui, com alguém por trás que se aproveita do trabalho médico, pagando de R$ 30 a R$ 50 por uma consulta para o colega. Precisamos entender como combater isso. Infelizmente, há também proliferação de faculdades de Medicina e muitos médicos jovens se sujeitam a esse honorário”, relatou.

Na sequência, Roberto de Mello, presidente da APM Assis, afirmou que a presença desse tipo de clínica tem aumentado também em sua região. “Acredito que o paciente que vai a esses

lugares não tem acesso ao tipo de atendimento que é preconizado, que é o mínimo que tem de ser feito, com humanização e acolhida.”

Ele também falou dos planos de saúde de baixo custo que estão começando a crescer na cidade, atendendo na maioria dos hospitais. “Esse assunto tem de ser prioritário nas negociações com as operadoras”, disse Mello, que também é diretor de Eventos da APM Estadual.

Também participou do evento o presidente da APM Marília, Benito Garbelini Júnior. A 11ª Diretoria Distrital da APM é dirigida por José Raphael de Moura Montoro e engloba as Regionais de Assis, Marília, Ourinhos, Piraju, Santa Cruz do Rio Pardo e Tupã.

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