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05/03/2021 - Anomalias congênitas: situação epidemiológica no Brasil
Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019, cerca de 16 mil nascidos vivos (NV) por ano foram diagnosticados com pelo menos uma das anomalias congênitas que compõem os oito grupos prioritários para vigilância ao nascimento no Brasil. As regiões Sudeste, Sul e Nordeste apresentaram as maiores incidências de casos.
As anomalias congênitas com mais notificações no País no período foram os defeitos de membros, seguidos por cardiopatias congênitas, fendas orais, defeitos de órgãos genitais, microcefalia e cardiopatias congênitas.
Anomalias congênitas são alterações estruturais ou funcionais que se originam na vida intrauterina. Estas alterações podem ser causadas por uma variedade de fatores etiológicos e podem ser detectadas antes, durante ou mesmo depois do nascimento, sendo uma das principais causas de mortalidade perinatal e neonatal.
Detalhamento dos casos
Em relação à microcefalia, foram notificados 6.267 casos entre 2010 e 2019, com prevalência de 2,15/10 mil NV neste período. Em 2019, foi a anomalia congênita menos prevalente no País, inferior a 1/10 mil NV.
Já sobre as cardiopatias congênitas, foram notificados 24.498 casos ao nascimento no período, resultando em uma prevalência de 8,40/10 mil NV.
Ainda foram registrados 17.925 casos de fendas orais ao nascimento no País em 9 anos, sendo a prevalência geral de 6,14/10 mil NV.
Entre 2010 e 2019, foram notificados 9.808 casos de anomalias de órgãos genitais, com uma prevalência geral ao nascimento de 4,74/10 mil NV.
Por sua vez, os defeitos de membros representam os principais tipos de anomalias congênitas não-cromossômicas em recém-nascidos, com 71.212 casos no período analisado, com uma prevalência geral de 24,43/10 mil NV.
Outras Anomalias
Defeitos de tubo neural e de parede abdominal, além de síndrome de Down, são outras anomalias frequentes no Brasil. Aproximadamente 10 mil casos foram registrados por cada anomalia entre 2010 e 2019.
No País, as anomalias são a segunda principal causa de morte entre os menores de cinco anos. E a Organização Mundial da Saúde afirma que aproximadamente 295 mil crianças morrem dentro das primeiras quatro semanas de vida em decorrência de anomalias congênitas.
O objetivo do boletim é apresentar a prevalência deste grupo de anomalias congênitas, consideradas prioritárias para a vigilância ao nascimento no Brasil, buscando sensibilizar os profissionais responsáveis pelo reconhecimento e notificação das mesmas e fortalecer seu registro no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).