ÚLTIMAS

16/12/2021 - Apesar de redução, Brasil tem quase 510 mil casos prováveis de dengue
Até a semana epidemiológica 48 (3 de janeiro a 4 de dezembro), foram registradas 508.212 ocorrências prováveis de dengue no Brasil, com taxa de incidência de 238,2 casos por 100 mil habitantes. De acordo como os dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, houve uma redução de 45,7% de notificações em comparação ao mesmo período de 2020.
A Região Centro-Oeste se sobressaiu com a maior taxa de incidência, com 548,8 casos por 100 mil habitantes, seguida do Sul (218,6 casos por 100 mil habitantes), Sudeste (210,9 casos por 100 mil habitantes), Nordeste (222,1 casos por 100 mil habitantes) e Norte (174,2 casos por 100 mil habitantes).
Com relação às notificações graves, foram confirmadas 346 infecções e 4.144 com sinais de alarme. Das 230 mortes confirmadas por dengue, os estados que apresentaram maior número foram São Paulo (58), Paraná (28), Goiás (21), Ceará (19), Mato Grosso do Sul (13) e Distrito Federal (12).
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda, pertencente à família dos flavivírus. São conhecidos quatro sorotipos: 1 ,2, 3 e 4. Febre, dor de cabeça, dores pelo corpo e náuseas são os principais sintomas. Nos quadros graves, a pessoa pode ter aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes – que podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica.
Chikungunya
No mesmo período, o Brasil registrou 93.403 casos prováveis de chikungunya, com taxa de incidência de 43,8 casos por 100 mil habitantes - aumento de 31,3% dos casos em relação ao ano anterior.
A Região Nordeste apresentou a maior incidência, com 111,7 casos por 100 mil habitantes, seguida das Regiões Sudeste, com 29,1 casos por 100 mil habitantes, e Centro-Oeste, com 6,9 casos por 100 mil habitantes.
Foram confirmados 13 óbitos, ocorridos nos estados de São Paulo (6), Pernambuco (2), Espírito Santo (2), Sergipe (1), Bahia (1), Minas Gerais (1).
Zika vírus
De 3 de janeiro a 13 de novembro deste ano, ocorreram 6.020 notificações prováveis de infecção pela doença, o que corresponde a uma taxa de incidência de 2,8 casos por 100 mil habitantes - diminuição de 15,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo as autoridades públicas, até o momento não há confirmação da ocorrência de mortes para a doença no País.
Dentre os aspectos clínicos de infecção por zika estão coceira intensa, dormência nas extremidades, dificuldade para caminhar, alterações neurológicas, paralisia facial e comprometimento neurológico, com possibilidade de reação autoimune (Síndrome de Guillain-Barré).
Como as três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, Aedes aegypti, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de intensificar o controle dos criadouros de mosquitos nas casas e vizinhança e a organização dos serviços de Saúde. No caso da zika, a Organização Mundial da Saúde também recomenda, dentre outras medidas, a prática de sexo seguro por mulheres gestantes que vivem em áreas de alta transmissão do vírus.