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13/10/2013 - APM entrega 155 brinquedos a crianças na Santa Casa de São Paulo

No dia escolhido, colaboradores da APM, a Banda de Palhaços e o grupo Mulheres da Verdade, presidido pela médica Yvonne Capuano, diretora adjunta de Ações Comunitárias da APM, visitam todos os quartos do prédio da Pediatria e a ala da Ortopedia em que ficam as crianças, além do Pronto Socorro.

Os brinquedos entregues são adequados a cada faixa etária. No encerramento, centenas de balões coloridos são soltos no estacionamento da Santa Casa, cena assistida por todos no hospital. "É sempre uma alegria saber que o projeto continua”, disse a auxiliar de enfermagem Renata de Almeida Carvalho, funcionária há 5 anos do hospital.

Um dia oferecendo carinho

Depois de separar e etiquetar todos os brinquedos, o grupo inicia a visita aos quartos. Na Ortopedia, em que 16 meninos e meninas se recuperam de fraturas, procedimentos ou doenças específicas, Ana Vitória, de 2 anos, foi uma das primeiras a ganhar presente. Há mais de duas semanas internada, ela passou pela segunda cirurgia para tratar de osteomielite na véspera do Dia das Crianças. "Fiquei surpresa quando vocês entraram. Escutei uma música, mas nem imaginava o que era”, disse Alcione Ribeiro, mãe da menina.

Na Pediatria, foi Júlio Cesar quem ganhou o primeiro brinquedo. O garotinho de 3 anos tem Síndrome de Down e se cura de uma infecção pulmonar. "Estamos há dois meses aqui e essa farra nos tira um pouco o peso que é ficar tanto tempo num hospital”, desabafou a mãe Mônica Martins de Lima.

Também com problemas pulmonares, o pequeno Robson, de 3 meses, estava curioso com o movimento de pessoas no quarto. "É cansativo. Já faz um mês que estamos aqui. Quando voltar para casa, vou lembrar de hoje como um dia especial”, frisou a mãe Gláucia Cristina Domingos Chagas.

 

Hoje é dia de circo

"Ele é um encanto! A Letícia quer vê-lo novamente”, pedia Walquiria Valentim, mãe da menina de 4 anos, vítima de leucemia e que há três meses faz quimioterapia na Santa Casa. Letícia queria dar mais um abraço no palhaço Cebola e na macaca Chiquinha, fantoche que ele leva no colo. O palhaço voltou ao quarto e encheu a pequena de beijos. "Isso é tão gratificante que seguro para não chorar, claro. A presença do palhaço é a presença da alegria para essas crianças”, disse Cebola, acompanhado pelos músicos.

Para Maria Aldene Santos, mãe de Júlia, a visita do grupo veio brindar a alta da filha de 10 anos. "Ela venceu a meningite. Está aqui, linda, sem sequelas, e mais feliz pela bonequinha que acabou de ganhar”, disse aliviada.

André, de 13 anos, virou amigo de Júlia. Companheiro de quarto, o menino tem problemas circulatórios e vai com frequência ao hospital. "Não sei se vocês fazem ideia de como essa visita faz bem. Não é somente o brinquedo, mas o carinho que vem do palhaço, o sorriso dos músicos, o olhar de afeto dessas pessoas”, falou a vovó Lídia Carvalho, de mãos dadas com o neto.

Muito longe de casa

Quando Cebola entrou no quarto que Samuel divide com outras duas crianças, ele e o pai estavam deitados, descansando. Mas assim que viu os moços com roupas coloridas, o garoto de 7 anos sentou rapidamente e estendeu os braços para receber o pacote das mãos do palhaço. O pai se emocionou com a cena.

A história de Samuel começou na cidade de Rubim, interior de Minas Gerais, quando a família descobriu seu problema cardíaco. Os medicamentos não foram suficientes e ele precisou de cirurgia. O problema ainda é grave e o tratamento daqui por diante será demorado. Samuel terá de ficar pelo menos 2 anos na Santa Casa para tentar a cura e, agora, está ansioso com a chegada da mãe. "A gente precisa respirar fundo e seguir. É meu bem mais precioso. Agradeço por esse momento, por ter colocado esse sorriso no rosto dele”, suspirou o pai.

A enfermeira Fernanda Cristina Mercúrio finalizou: "Lidamos com tristezas e alegrias. Em alguns dias, há muita tristeza, mas hoje, todos vão dormir mais felizes”.

Fotos: Osmar Bustos