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15/05/2020 - Após três anos sem aplicação, Revalida volta a ocorrer em outubro deste ano
Após três anos sem aplicação, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) voltará a ocorrer. O Ministério da Educação anunciou que o edital será publicado em julho, mas adiantou que a primeira fase do exame ocorrerá em 11 de outubro.
A avaliação, neste primeiro momento, terá duas etapas: uma teórica e uma prática. No que se refere ao conhecimento da teoria, serão duas provas, uma com 100 questões objetivas e outra com cinco questões discursivas.
A segunda etapa – prevista para dezembro – será realizada em uma estação clínica e terá edital próprio. Somente aprovados na primeira fase poderão participar. Neste momento, o candidato fará 10 anamneses em “pacientes” com sintomas simulados. Quem reprovar na segunda fase poderá refazê-la por mais duas vezes em edições consecutivas, sem necessidade de realizar todo o processo desde o início novamente.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação e responsável pela aplicação do exame, já selecionou os profissionais que formarão a comissão avaliadora do Revalida. Composto por 10 integrantes, o grupo ficará responsável por escolher as questões no banco nacional de itens do Revalida.
A pasta divulgou que a nota de corte do exame será calculada pelo método “Angoff modificado”. Uma comissão independente e formada por professores não responsáveis pela seleção dos itens analisará uma a uma as questões para estimar a chance de acerto dos participantes. A média de respostas corretas para cada item é computada e utilizada no cálculo de uma média geral de acertos que se converte nos pontos de corte. Mais detalhes estarão disponíveis no edital.
O Revalida tem o objetivo de verificar a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde, em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no Brasil.
O exame foi estabelecido em 2011 e é fruto de parceria entre o MEC e o Ministério da Saúde. Até 2017, foram sete edições, com um total de 24.327 inscrições. Aproximadamente 60% dos participantes são brasileiros, sendo a Bolívia o país de origem de grande parte dos diplomas. A última edição teve 7.380 inscritos, com 393 aprovados.