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16/11/2020 - Arboviroses causam centenas de casos de problemas neurológicos no Brasil

Investigando o comprometimento neurológico causado por arboviroses no Brasil, a Secretaria de Vigilância em Saúde publicou, em Boletim Epidemiológico, a análise “Vigilância sentinela das doenças neuroinvasivas por arbovírus no Brasil, 2017 a 2019”. No período, foram 715 casos suspeitos, com aumento de 174,2% em 2018 (em relação a 2017) e de 56,6% em 2019 (em relação a 2018).

Para o Ministério da Saúde, o comportamento da curva pode estar relacionado à ampliação de estados e unidades sentinelas notificadoras no período, à circulação simultânea dos vírus dengue, chikungunya e zika, bem como aos períodos epidêmicos das arboviroses nos anos de 2018 e de 2019.

Especificamente sobre as manifestações neurológicas, a mais prevalente (37,6%) foi a Síndrome de Guillain-Barré (SGB). A encefalite também teve volume considerável (23,9%) no período. Outras doenças citadas foram a mielite transversa e a encefalite disseminada aguda.

A região Nordeste concentrou o maior número de casos notificados de doenças neuroinvasivas por arbovírus, com 78,7%, 86,9% e 67,3% das manifestações nos respectivos anos analisados. A região foi, inclusive, a mais afetada, em 2017, pelas arboviroses urbanas transmitidas pelo Aedes aegypti.

Perspectivas
O Ministério da Saúde anuncia, no documento, que está atualizando a vigilância das doenças neuroinvasivas por arbovírus por meio da revisão e que irá publicar um novo manual orientador sobre o tema. O novo modelo considerará também a meningite asséptica dentre as doenças de notificação.

A pasta também recomenda às secretarias estaduais e municipais de Saúde intensificar a vigilância destas doenças em suas rotinas, sobretudo nos períodos interepidêmicos, como forma preparatória das atividades a serem reforçadas na sazonalidade das arborviroses.