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07/01/2019 - Atlas da osteoporose mostra fatores genéticos ligados à doença

Correio Braziliense 

A osteoporose é um dos problemas de saúde relacionado à idade mais comuns na população, com previsão de aumento de casos. Ela se caracteriza pela redução progressiva da força óssea, que resulta em alto risco de fratura. Especialmente entre idosos, as fraturas podem ter consequências graves, incluindo o risco de morte. Para tratar de maneira mais eficaz esses pacientes, pesquisadores canadenses criaram um atlas de fatores genéticos relacionados à doença. Por meio dos dados levantados, eles pretendem ajudar na criação de medicamentos e aperfeiçoar os que já são usados.

O trabalho, divulgado recentemente na revista Nature Genetics, mostra o resultado de uma análise genética feita com 426.824 indivíduos. Os pesquisadores identificaram 518 genes, dos quais 301 foram descobertos recentemente. Segundo os autores, o material mapeado explica 20% da densidade mineral óssea estimada (DMO), um dos fatores clínicos mais relevantes no diagnóstico da osteoporose.

Ao refinar ainda mais a análise, os cientistas isolaram um conjunto de genes com maior potencial para se tornar alvo de drogas. “Essa precisão que a genética nos oferece deve nos permitir aprimorar os fatores que podem ter o maior efeito na melhora da densidade óssea e na redução do risco de fratura”, explica, em comunicado, John Morris, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade no Instituto Lady Davis (LDI, em inglês).