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03/02/2021 - Brasil notifica quase 17 mil casos suspeitos de sarampo

No ano de 2020, 21 estados brasileiros apresentaram contágios de sarampo, sendo que em quatro deles, há circulação ativa do vírus. Ao todo, foram registrados 16.836 casos suspeitos, com a confirmação de 8.448 (50,2%) casos. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, divulgado em boletim epidemiológicos, semanas 1 a 53.

Pará teve a maior concentração de ocorrências, com 5.385 (63,7%) confirmações e a maior incidência, com 93,65 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, Rio de Janeiro, com 1.348  casos (16%) e incidência de 9,91 por 100 mil habitantes; São Paulo, com 867 casos (10,3%) e incidência de 2,89 por 100 mil habitantes; e Paraná, com 377 casos (4,5%) e incidência de 8,73 por 100 mil habitantes.

De acordo com as informações divulgadas, “crianças menores de um ano apresentaram coeficiente de incidência superior a quase 10 vezes, apesar de o grupo de 20 a 29 anos apresentar o maior número de registros, com 2.594 casos confirmados”. Em quase todas as faixas etárias, o maior número de registros foi entre pessoas do sexo feminino. Com relação aos óbitos, foram registrados dez, sendo um no estado de São Paulo, um no Rio de Janeiro e oito no Pará.

 

Vacinação

Em 2020, o Ministério da Saúde lançou a campanha Movimento Vacina Brasil (MVB), em conjunto com estados e municípios, como meta estratégica de imunizar pessoas na faixa etária de 5 a 49 anos de idade contra o vírus.

No entanto, em razão da pandemia de Covid-19, a circulação do sarampo ainda está ativa e a pasta recomenda que ações de vacinação sejam mantidas, lembrando de respeitar todos os protocolos de segurança para evitar o contágio do novo coronavírus. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a imunização contra o sarampo resultou na queda de 80% no número de óbitos, entre 2010 e 2017, no mundo.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, propagada por meio de secreções mucosas, acometendo, principalmente, crianças menores de cinco anos, pessoas desnutridas e imunodeprimidas. O contágio também pode ocorrer pela dispersão de aerossóis com partículas virais no ar, em ambientes fechados, como escolas, creches, clínicas, entre ouros espaços.