O QUE DIZ A MÍDIA

29/10/2021 - Brasil registra 114.253.388 pessoas vacinadas contra a Covid-19.

O país fecha esta quintaf-eira com 114.253.388 pessoas com o esquema concluído. Foram registradas 269.794 primeiras doses, 936.087 segundas, 4.387 doses únicas e 366.125 aplicações de reforço.

Na semana passada, em 20 de outubro, o país alcançou outra marca animadora: mais de 50% da população total com o esquema vacinal completo. Outro feito recente, do dia 13 de outubro, foi atingir o número de mais de 100 milhões totalmente imunizados.

O Brasil chegou, nesta quinta-feira (28), a 70,49% da população adulta com esquema vacinal completo contra a Covid. Ou seja, entre as pessoas de 18 anos ou mais, 7 em cada 10 já tomaram as duas doses da vacina ou o imunizante de dose única

Entre outros números, o país tem 72,32% da população com uma dose (154.265.235 pessoas) e 53,56% com esquema vacinal completo.

É importante lembrar, porém, que a imunização só é considerada efetiva duas semanas após a aplicação da segunda dose, conforme alertam especialistas.

Os dados do país, coletados até 20h, são fruto de colaboração entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são recolhidas pelo consórcio de veículos diariamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

Os números atingidos nas últimas semanas contrastam com os problemas que a vacinação contra a Covid enfrentou no Brasil no início da campanha, como falta de doses e atrasos. A alta adesão ao programa de imunização difere ainda da postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não se vacinou contra o coronavírus.

O mandatário, além disso, já levantou diversas vezes dúvidas quanto à importância e à segurança dos produtos. Na última semana, Bolsonaro chegou a associar a vacina contra Covid com o desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida, a Aids —o que é falso. O vídeo em que ele fez essa fala foi, dias depois, apagado por Facebook, Instagram e YouTube.

“São números obviamente muito bons”, resume Renato Kfouri, pediatra e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações). Segundo ele, a expectativa é que, até o fim do ano, 100% da população do país tenham tomado a primeira dose e mais de 90% estejam totalmente imunizados.

“Vamos passar todo mundo”, completa o especialista. Ele lembra que alguns países, como os Estados Unidos, alcançaram antes porcentagens elevadas de população vacinada, mas agora estão com dificuldade para avançar mais.

Atualmente, os EUA têm 69% da população adulta com esquema vacinal completo, segundo dados dos CDC (Centros de Controle de Doenças dos EUA). O país atingira os 60% há bastante tempo, em 25 de julho. Em comparação, o Brasil atingiu 60% há 21 dias, em 8 de outubro.

Mas, apesar dos marcos positivos recentes, reforça Kfouri, a pandemia ainda não acabou e os cuidados permanecem essenciais. O uso de máscaras, com especial atenção a lugares fechados, sem ventilação, deve ser mantido.

Kfouri ressalta que os desafios do momento para o Brasil são alcançar a parte da população que está com segundas doses atrasadas e ampliar a aplicação do reforço nos grupos mais vulneráveis.

Considerando as 7.825.324 doses de reforço aplicadas até o momento, isso representa cerca de 20% de cobertura vacinal para as pessoas com mais de 60 anos e os profissionais de saúde.

“A atenção deve ser dada para esse grupo que está perdendo a proteção e se deve insistir que as coberturas devem estar altas nos mais vulneráveis. Esses têm que estar protegidos enquanto temos alta circulação do vírus”, diz.

Fonte: Folha de S.Paulo