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14/10/2015 - Carreira de Estado: Médicos vão à Brasília em 21 de outubro
Em reunião com a diretoria da Associação Paulista de Medicina no início de outubro, o deputado federal e médico Luiz Henrique Mandetta convocou a classe para uma mobilização em Brasília no dia 21 de outubro.
Além da sessão solene em homenagem ao Dia do Médico, o parlamentar espera a aprovação pelo Plenário da Casa da PEC 454/2009, que estabelece a Carreira de Estado para os médicos da atenção básica.
Outro projeto que Mandetta espera aprovar na data é o PL 8.140/2014, que veda o uso da expressão "Bacharel em Medicina” nos diplomas expedidos aos graduados em cursos superiores de Medicina.
De acordo com ele, desde 2011, o termo vem sendo usado por algumas faculdades na emissão dos diplomas, no lugar da tradicional denominação de "Médico”, o que compromete o reconhecimento dos documentos por outros países.
Fotos: Marina Bustos
Futuro da Medicina
Mandetta se mostrou preocupado com o futuro da profissão, por conta do Mais Médicos: "Entre 2014 e este ano, saltamos de 148 faculdades de Medicina para 298 autorizadas. E com as outras que ainda serão abertas, teremos 300 mil médicos formados por década. Considerando o tempo médio de 40 anos de atividade destes profissionais, em alguns anos teremos 1,2 milhão de médicos no Brasil, que é a meta do Governo. Para se ter ideia, atualmente temos 1,3 milhão de técnicos de Enfermagem no País”.
Além disso, destaca ele, a previsão é que se chegue a 75% de faculdades de Medicina privadas, cujo desempenho é quase sempre inferior às públicas. "Em algumas dessas novas faculdades, o internato fica a 600 km de distância, um completo absurdo. O Mais Médicos também procura banalizar a profissão na medida que, sendo grande parte desses novos estudantes de Medicina bolsistas do Fies, aceitarão quaisquer condições de trabalho depois da faculdade, já que terão toda a dívida das mensalidades para pagar.”
Sobre a possível volta da CPMF, o deputado acredita que o Governo está deixando a situação da Saúde ainda mais caótica – por exemplo com o cancelamento do Farmácia Popular e redução dos atendimentos de média e alta complexidade – para conseguir sensibilizar a população a aprovar o novo imposto. "Entretanto, ele não chegará na Saúde, pois será usado para pagar a taxa de juros.”