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30/04/2019 - Cidade de São Paulo confirma mais um caso importado de sarampo

Estadão 

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou nesta segunda-feira, 29, que a cidade já registrou neste ano três casos confirmados de sarampo, todos eles importados, ou seja, com infecção ocorrida fora da cidade.

De acordo com a pasta, as infecções foram diagnosticadas na capital, mas ocorreram na Noruega, Israel e em um navio vindo de Malta. O risco é que os pacientes infectados fora do País iniciem uma cadeia de transmissão interna. Os indivíduos mais suscetíveis são os bebês menores de um ano, que ainda não podem ser imunizados, e pessoas que não tomaram a vacina.

Como revelou o Estado, o primeiro caso do ano foi confirmado no final de março. Antes disso, a cidade estava desde 2015 sem registrar casos da doença.

Além das três infecções confirmadas, a secretaria investiga outras 80 notificações suspeitas. Mesmo antes da confirmação, técnicos da vigilância epidemiológica realizam ações de bloqueio vacinal para evitar o contágio.

Essa busca também pode ser realizada em locais frequentados pelo paciente, como escolas, creches e comércios. O procedimento é uma recomendação do Ministério da Saúde e deve ser seguido em todo o País.

O sarampo pode ser evitado com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola e é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O esquema vacinal é composto por duas doses: uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Para quem não se vacinou quando criança ou não tem certeza sobre a imunização, a recomendação é que procure um posto de saúde e tome as duas doses. A partir dos 30 anos, somente uma dose é indicada.

Quais os sintomas da doença?

Os sintomas do sarampo são febre alta, acima de 38,5°C; exantema (erupções cutâneas vermelhas); tosse; coriza; conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal de 1 a 2 dias antes do aparecimento do exantema.

O sarampo pode matar?

Sim. Complicações infecciosas decorrentes do sarampo podem levar à morte, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

Qual a forma de prevenção?

Como é uma doença extremamente contagiosa, a única forma de se prevenir é com a vacinação, que deve ser aplicada em duas doses: uma aos 12 meses e a outra, aos 15 meses.

Quem deve se vacinar?

A primeira dose deve ser dada a crianças de 12 meses de idade. Já a segunda, a crianças de 15 meses (1 ano e 3 meses). Gestantes, crianças com menos de 6 meses e imunocomprometidos não devem receber a dose. A gestante deve esperar para ser vacinada após o parto.

Adultos estão livres da doença?

Não. E adultos na faixa de 30 anos devem, especialmente, ficar atentos. Isso porque, no passado, a vacinação era feita aos 9 meses e em apenas uma dose. Portanto, eles devem procurar o serviço de saúde para atualizar a caderneta de vacinação.