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02/12/2021 - Cidades de SP vetam Carnaval de rua, mas permitem bailes
Prefeituras paulistas cancelaram em massa atividades carnavalescas em 2022 devido à Covid —em muitas das cidades, porém, os vetos se restringem somente à esfera pública. Os eventos continuam liberados em clubes e bares, por exemplo.
RIBEIRÃO PRETO Prefeituras do interior e do litoral de São Paulo anunciaram nos últimos dias o cancelamento em massa de atividades carnavalescas em 2022 devido ao temor de uma nova onda de contágio da Covid-19, ainda mais com a descoberta da variante ômicron. Em muitas das cidades, porém, os vetos se restringem somente à esfera pública.
Isso significa que desfiles de escolas de samba, shows musicais ou outras atividades que envolvam gastos aos cofres públicos no Carnaval estão suspensos, mas empresas, restaurantes, bares ou clubes poderão realizar eventos.
Mais de 50 cidades do interior e do litoral paulistas anunciaram desde a última semana o cancelamento das comemorações carnavalescas, inclusive municípios sem casos do coronavírus, nem mesmo suspeitos, há muitas semanas.
Entre as alegações para a suspensão, além do temor de uma nova onda da doença, estão a ausência de recursos financeiros para bancar a folia, a falta de tempo hábil para contratar a estrutura necessária e cancelamentos em conjunto com outras cidades para tentar evitar migração de foliões.
Segundo as administrações, os eventos privados deverão seguir as recomendações sanitárias vigentes no período em que forem realizados.
No Alto Tietê, uma decisão conjunta de dez prefeituras (Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Branca, Santa Isabel e Suzano) suspendeu atividades promovidas por elas,
“Como é uma decisão pensando na saúde pública, vamos priorizar os recursos que seriam utilizados no Carnaval para as ações na saúde Alexandre Ferreira prefeito de Franca
mas festas em clubes e salões privados poderão ocorrer seguindo normas de segurança.
Segundo o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê), o objetivo da suspensão é manter controlados os indicadores da pandemia.
“Os bailes em salões privados serão de responsabilidade dos organizadores e deverão seguir as normas de segurança e as orientações das vigilâncias sanitárias de cada município. A decisão acompanha o que já foi anunciado em outras regiões do estado e cada município fará o anúncio oficial”, diz o Condemat.
Sorocaba foi uma das primeiras cidades a anunciar a suspensão do uso de recursos públicos para os festejos carnavalescos.
O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) afirma que a decisão não se deve a alguma contrariedade com o Carnaval, mas sim para dar prioridade a setores como saúde, educação e segurança.
Estância turística, Batatais não terá eventos carnavalescos tradicionais, como o desfile de suas escolas de samba, nem nenhuma outra atividade em espaços públicos.
O prefeito Juninho Gaspar (PP) liberou eventos em locais privados. Ao anunciar o cancelamento das atividades públicas, ele, que preside a região metropolitana de Ribeirão Preto, destacou a alta de casos da Covid-19 em países europeus e a necessidade de ampliar a vacinação.
Em Franca, a prefeitura anunciou que não realizará eventos de Carnaval em 2022 na região do Parque Fernando Costa, que anualmente abriga os desfiles das escolas de samba, para priorizar o uso de recursos para a saúde.
O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) afirmou que respeita a tradição e a comunidade carnavalesca, mas que é preciso ter cautela.
“Como é uma decisão pensando na saúde pública, vamos priorizar os recursos que seriam utilizados no Carnaval para as ações na saúde”, disse o prefeito.
Fonte: Folha de S.Paulo