O que diz a mídia

18/03/2019 - CNPEM testa paracetamol em miniórgãos artificiais com sucesso e resultado pode excluir uso de cobaias

G1

Pela primeira vez, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), tiveram sucesso ao testar paracetamol - analgésico com propriedades antitérmicas - em miniórgãos artificiais. Os efeitos dão passo importante nas pesquisas para excluir uso de cobaias.

O modelo artificial é produzido em laboratório com células humanas, em escala micrométrica, e substitui intestino e fígado. A tecnologia tem potencial para reduzir o número de cobaias usadas em testes e, até mesmo, substitui-las por completo em 30 ou 40 anos.

Os órgãos foram conectados entre si por um fluxo sanguíneo e ligados a equipamentos que reproduzem as condições fisiológicas do corpo humano. Em altas concentrações, o paracetamol pode provocar lesões no fígado.

Além de evitar que cobaias possam ser usadas em testes de novos medicamentos, a tecnologia também permite acelerar os estudos e obter resultados mais eficazes e mais confiáveis do que os de pesquisas com os pequenos mamíferos.

Os miniórgãos reproduzem as funções biológicas e genéticas do organismo humano com muita semelhança.

"Na linha de descobrimento e desenvolvimento de fármacos, geralmente se começa os estudos com cinco a dez mil compostos, e se leva de dez a 15 anos, se gasta de 1 a 3 bilhões de dólares. E no final dessa linha, você põe somente um medicamento no mercado", afirma a especialista.

O próximo passo do estudo será testar outros medicamentos de efeitos bem conhecidos no mesmo modelo.