O QUE DIZ A MIDIA
14/04/2021 - Coágulos levam EUA a parar o uso da J&J
Agências de saúde dos Estados Unidos recomendaram interromper a administração da dose única da vacina contra a covid19 da Johnson & Johnson (J&J) para investigar relatos de coágulos sanguíneos. Os centros de distribuição e aplicação vão suspender temporariamente o uso do imunizante.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças, da FDA, avisou que está analisando o caso de seis mulheres entre 18 e 48 anos que apresentaram coágulos sanguíneos e baixo número de plaquetas após terem recebido a vacina. Os sintomas ocorreram entre 6 e 13 dias após a vacinação.
Mais de 6,8 milhões de doses da vacina da J&J já foram aplicadas nos EUA.
O Comitê Consultivo do Centro de Prevenção reúne-se hoje para discutir os casos. O FDA também abriu uma investigação.
Os órgãos classificaram os sintomas como “raros”. “Até que esse processo seja finalizado, recomendamos pausar o uso da vacina por excesso de cautela”, afirmaram em comunicado conjunto Anne Schuchat, vice-diretora do Centro, e Peter Marks, diretor do setor da FDA para Avaliação e Pesquisa Biológica.
No Brasil, a Anvisa aprovou no dia 31 de março o uso emergencial da vacina da Johnson & Johnson – o único, no mercado, que garantiria a proteção em uma só dose, fator que iria acelerar a vacinação. O governo fechou contrato para comprar o produto, mas não há previsão de entrega no 1.º semestre.
Na Europa
A interrupção do uso da J&J nos Estados Unidos ocorre uma semana depois de as agências europeias terem identificado pacientes com sintomas semelhantes após utilizarem a vacina da Oxford/ AstraZeneca. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu na quarta-feira que os casos de coágulos sanguíneos que surgiram devem ser listados como efeitos colaterais “muito raros” da vacina.
Apesar disso, a agência diz que os seus benefícios continuam superando os riscos e ela é eficaz na prevenção da covid-19.
De acordo com o órgão regulador, a maioria dos casos foi relatada em mulheres com menos de 60 anos, nas duas semanas seguintes à vacinação. O comitê de segurança da agência analisou 62 casos de trombose do seio venoso cerebral e 24 casos de trombose da veia esplâncnica (no abdômen).
Desses, 18 foram fatais.
Fonte: O Estado de S.Paulo