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09/05/2017 - Comissão de Negociação debate modelos de remuneração e planos populares

Na última segunda-feira, 8 de maio, a Associação Paulista de Medicina sediou mais uma reunião da Comissão Estadual de Negociação com os planos de saúde, composta pela APM, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), com apoio da Academia de Medicina de São Paulo, sociedades de especialidades e Regionais da APM.

Além de um amplo debate sobre as reformas trabalhista e previdenciária, a proposta do Ministério da Saúde para a criação de planos de saúde populares e as mudanças na forma de remuneração dos prestadores de serviços da saúde suplementar pretendida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar também foram debatidas – o que inclusive será tema de evento da ANS em São Paulo no dia 31 de maio, com a participação das entidades médicas.

“O objetivo da reunião não foi esgotar esses assuntos, mas introduzi-los em um debate. Precisamos pautá-los para avançar o conhecimento nestes temas de grande relevância para a sociedade, para a classe médica e para o sistema de saúde. Como representantes da categoria, precisamos entender o impacto disso em nossa atividade, para podermos participar do debate e nos posicionar”, analisou Florisval Meinão, presidente da APM.

Para Otelo Chino Junior, conselheiro do Cremesp, a terceirização pode ter sentido em alguns setores, mas há o receito que na área médica ela possa trazer prejuízos. João Sobreira de Moura Neto, por sua vez, acredita ser necessário um acúmulo maior de conhecimento das reformas antes de um veredito. “Sabemos que uma mudança é necessária, mas toda essa pressão na sociedade, vendendo-a como a solução para todos os problemas? Precisamos esclarecer os pontos e discutir melhor”.

 

Já o presidente do Simesp, Eder Gatti Fernandes, avalia que o Governo tem promovido mudanças radicais na sociedade com pouca discussão. Ele argumentou, inclusive, que foram realizadas pouquíssimas audiências públicas sobre estes pontos tão sensíveis e caros à população. “Os advogados do nosso corpo jurídico estão aqui para trazer um tempero técnico à discussão. De qualquer forma, o Sindicato tem acompanhado com preocupação os novos projetos do Governo desde o fim do ano passado.”

 

Por fim, o secretário da Academia de Medicina, Adnan Neser, afirmou que o encontro foi uma fonte de subsídios adequados para entender todos os movimentos que estão acontecendo na política. “A reforma de Previdência, por exemplo, mexe no planejamento de futuro que cada um tem em termos de aposentadoria”, disse.

Fotos: Marina Bustos