Apesar disso, ela é otimista em relação ao futuro. "A tecnologia assistiva está sendo cada vez mais conhecida e é uma área de boa aplicabilidade da inteligência artificial, além do design universal", diz. Segundo matéria publicada pela Revista Forbes, o mercado de dispositivos para pessoas com deficiência e idosos foi avaliado em US$ 14 bilhões em 2015 e deve superar US$ 26 bilhões até 2024. Os dados são da Coherent Market Insights.
O que diz a mídia
21/01/2019 - Como a inteligência artificial pode melhorar a vida de pessoas com deficiência
G1
"A inteligência artificial revolucionou não só a minha vida como as dos meus alunos." É essa frase que Luciane Molina, professora universitária e de tecnologia assistiva na Universidade de Taubaté, em São Paulo, usa para definir a relação que tem com as iniciativas que surgiram para melhorar a autonomia das pessoas com deficiência por meio de algoritmos.
No Brasil, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 45,6 milhões de pessoas com deficiência no país (23,9% da população à época).
Luciane é cega e faz uso de diversos aplicativos no smartphone para reconhecer imagens, rótulos de produtos, cédulas de dinheiro e acessar materiais impressos.
Com essas soluções de acessibilidade, ela já pôde descobrir a senha do Wi-Fi sozinha em casa e também quando, por exemplo, seu computador estava passando por uma atualização. Isso porque os atuais softwares de leitura de tela para cegos não têm acesso a telas como a de atualização do Windows.
A professora também apresenta os recursos tecnológicos a seus alunos. "A cada novidade que eu apresento, a vida deles se torna mais fácil", diz.
Recentemente, uma aluna de Luciane ganhou mais autonomia com um aplicativo leitor de cédulas de real. "Ela tinha muita vontade de ficar sozinha em casa e conseguir pagar a marmita sem a ajuda de outras pessoas", conta.
Grande parte dessas soluções foi desenvolvida por meio de sistemas que "aprendem" com um alto volume de dados. A partir dessas informações, eles são capazes de identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana. É o chamado "aprendizado de máquina".
Mas a transcrição de fala para texto em tempo real e os recursos de visão computacional são só alguns exemplos de aplicações de inteligência artificial.
"Quanto mais usamos [os recursos de inteligência artificial para pessoas com deficiência], melhores eles ficam", diz a professora. Entre os aplicativos que ela usa estão o TapTapSee, para ler rótulos de produtos, e o Seeing AI, para organizar documentos e diplomas em pastas e reconhecer os textos das fotos que recebe por email ou redes sociais como o Facebook.
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