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Resultados preliminares de um estudo feito com 67.718 trabalhadores da saúde de Manaus mostram que a Coronavac tem 50% de eficácia na prevenção da doença após 14 dias da primeira dose. A pesquisa do grupo Vebra Covid19 é a primeira a avaliar a efetividade do imunizante em um local onde a variante P.1 é predominante.A eficácia de 50% se refere a casos sintomáticos da doença.

Em nota, o grupo responsável pelo estudo disse que os resultados são encorajadores e apoiam o uso da vacina. Os pesquisadores afirmam, ainda, que vão analisar a efetividade dessa vacina e da distribuída pela AstraZeneca em idosos nas cidades de Manaus e Campo Grande e no Estado de São Paulo.

O grupo, que estuda a eficácia das duas vacinas no Brasil, reúne pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além de servidores das Secretarias de Saúde do Amazonas, de São Paulo, de Manaus e da Municipal de São Paulo.
Recentemente, um estudo de imunogenicidade feito no Chile, com 190 pessoas, mostrou que os vacinados com a Coronavac criam anticorpos necessários para combater o coronavírus, mas em baixa quantidade.
Esses dados abriram a possibilidade de a vacina ser menos eficaz contra as novas variantes.

Em coletiva de imprensa, ontem, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que os dados são animadores. “O que se espera é que, após a segunda dose, esse porcentual suba substancialmente”, afirmou.

Também ontem, o governador João Doria (PSDB) revelou ter conversado com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, sobre o envio de insumos para a Coronavac, e foi informado de que o embarque está previsto. De manhã, o Butantan havia repassado mais 1 milhão de doses para o Ministério da Saúde.

Doria disse que o embaixador chinês “tem sido muito cordial e atencioso ao longo de todo esse período da pandemia”. E que ouviu dele que falaria ontem mesmo com a chancelaria em Pequim e “não via nenhuma perspectiva de haver retardo no embarque dos insumos para a vacina do Butantan.”.

Wanming “estava otimista” e teria afirmado que 50% da produção de todas as vacinas na China está sendo exportada. “Isso faz parte de um programa solidário do governo chinês.” De acordo com Doria, uma posição definitiva sobre o caso seria dada até hoje.

Na coletiva, Doria manteve a meta de entrega de 46 milhões de doses da Coronavac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até o fim deste mês.
“Agora, 38,2 milhões de doses já entregues para a imunização dos brasileiros. No total, até o fim do mês de abril, estaremos entregando 46 milhões de doses do Butantan. Até 30 de agosto, serão 100 milhões.” Nova vacina. Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas atualizou o status da Butanvac, que será desenvolvida pelo instituto. O protocolo de estudo deverá ser entregue até amanhã. “Recebemos todos os questionamentos da Anvisa e estamos próximos de apresentar o protocolo de estudo clínico.

Isso ainda depende de uma reunião hoje (ontem) com o consórcio internacional. Espero que, até sexta-feira, a gente possa submeter esse protocolo à Anvisa.” Covas avisou que o estudo clínico também está sendo organizado, “o que traz a perspectiva de submissão de todos os documentos à Anvisa até o meio do ano”. O que tornaria possível “ter uma nova vacina no segundo semestre”.

Fonte: O Estado de S.Paulo