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13/04/2021 - Covid-19: Casos de SIM-P continuam subindo no País

O Ministério da Saúde voltou a atualizar a situação dos casos da síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), temporalmente associada à Covid-19, no País. De 1º de abril de 2020 até o último 13 de março (fim da Semana Epidemiológica 10 de 2021), foram 813 casos confirmados em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos – 51 deles evoluíram para óbito.

A maioria dos casos possui evidência laboratorial de infecção recente pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), o que reitera a associação com a Covid-19. Desta forma, 623 casos foram encerrados por critério laboratorial e 190 por critério clínico-epidemiológico (por terem histórico de contato próximo com caso confirmado da doença).

Além disso, a maior parte dos casos ocorreu entre crianças e adolescentes do sexo masculino: 461 (56,7%). A faixa etária mais afetada foi a de 0 a 9 anos (76,2%). Dentre os óbitos, a maioria (47,1%) foi entre crianças de 0 a 4 anos. Os estados com mais casos foram: São Paulo, Pará e Bahia.

Cerca de 29% dos afetados pela SIM-P apresentavam algum tipo de comorbidade preexistente e mais de 61% dos pacientes necessitaram de internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). 78% deles apresentaram os sintomas gastrointestinais mais comuns da síndrome: dor abdominal, diarreia, náuseas ou vômitos.

Os casos suspeitos devem realizar RT-PCR para Sars-CoV-2 e sorologia quantitativa (IgM e IgG). Segundo o Ministério da Saúde, o monitoramento da síndrome é importante para avaliar a magnitude da infecção pelo coronavírus na faixa etária pediátrica, visto que é uma condição recente e potencialmente grave, com dados clínicos e epidemiológicos evoluindo diariamente.

SIM-P
A síndrome apresenta quadro clínico de amplo espectro, associada à infecção pelo novo coronavírus em crianças e adolescentes, caracterizada por uma resposta inflamatória exacerbada que acontece dias ou semanas após a infecção pelo vírus. É uma síndrome rara, mas grande parte dos casos evolui para formas graves, com necessidade de internação em UTI.

Os sinais e sintomas são variados, podendo afetar os sistemas gastrointestinal, respiratório, neurológico, renal e cardíaco, além de alterações mucocutâneas. Os doentes também podem apresentar: febre alta e persistente, cefaleia, náuseas, vômitos, dor abdominal, conjuntivite não purulenta, disfunções cardíacas e outras condições.