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Entre os meses de abril de 2020 e fevereiro de 2021 (Semana Epidemiológica 06/2021), foram confirmados 736 casos de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), temporalmente associada à covid-19.

A síndrome afeta potencialmente crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, sendo que deste número, 46 evoluíram para óbito. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, divulgados em Boletim Epidemiológico.

Crianças e adolescentes do sexo masculino têm a maior incidência de casos da doença, com 56,3%; assim como as crianças nas faixas etárias de 0 a 4 anos (41,4%) e de 5 a 9 anos (34,1%). Em relação aos óbitos, 50% ocorreram em crianças de até 4 anos.

Grande parte dos casos possui evidência laboratorial de infecção recente pelo SARS-CoV2; 566 casos (77%) foram encerrados pelo critério laboratorial e 170 casos (23%) pelo critério clínico-epidemiológico, por terem histórico de contato próximo com caso confirmado para Covid-19.

Os casos foram notificados em 25 unidades federativas (UF), das quais 17 possuem registro de óbitos. São Paulo, Pará e Ceará foram aos estados que mais tiveram casos confirmados.

SIM-P

Especialistas explicam que a síndrome se trata de uma resposta imunológica exacerbada, com febre persistente, sintomas abdominais, diarreia, vômito, lesões cutâneas e conjuntivite. E pode evoluir para quadro semelhante a um choque, com aumento dos marcadores inflamatórios, anomalias coronarianas e disfunções cardíacas.

O monitoramento da SIM-P temporalmente associada à Covid-19 é importante para avaliar infecções pelo SARS-CoV-2 na faixa etária pediátrica, visto que é uma condição recente e potencialmente grave.