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25/06/2021 - Covid-19: Mais de mil casos confirmados de SIM-P no Brasil

Até 5 de junho de 2021, o Ministério da Saúde notificou 1.010 casos confirmados de síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), temporariamente associada à Covid-19, em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos. Desse quadro, 65 (6,4%) evoluíram para óbito. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, número 23, de junho de 2021.

A SIM-P é caracterizada por uma resposta inflamatória associada à infecção pelo SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes, com manifestações clínicas similares à síndrome de Kawasaki típica, Kawasaki incompleta e/ou síndrome do choque tóxico.

Em 24 de julho de 2020, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, implantou o monitoramento nacional da ocorrência da SIM-P temporariamente associada à Covid-19, diante da identificação de infecções em crianças e adolescentes em diversos países com a crise sanitária mundial. “É uma condição recente e potencialmente grave, em que os dados clínicos e epidemiológicos evoluem diariamente”, reforça o boletim.

Entre os sinais e sintomas mais frequentes estão febre, pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório. “São sintomas variados e podem aparecer de forma simultânea ou no decorrer da evolução clínica”, acrescentam as informações do documento.

Crianças e adolescentes do sexo masculino 575 (56,9%) e menores, entre 0 a 4 anos (44,2%) e de 5 a 9 anos (33,5%) foram as mais acometidas pela doença. Dentre os óbitos, 53,8% foram em crianças de 0 a 4 anos. Com relação aos estados brasileiros, São Paulo, Minas Gerais e Bahia se sobressaíram com registros de notificação.

O MS reitera que, em casos suspeitos, é preciso realizar o RT-PCR para SARS-CoV-2 e sorologia quantitativa (IgM e IgG). “Na ausência de critérios laboratoriais, a vigilância epidemiológica local deve avaliar se o caso suspeito teve contato com caso confirmado de Covid-19 para auxiliar na classificação final do caso e, se necessário, realizar investigação domiciliar”, conclui o boletim.