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10/09/2021 - Covid atinge um a cada 3.365 alunos na rede pública de SP
As escolas estaduais de São Paulo registraram 1.748 de casos prováveis de coronavírus no sistema educacional, entre os dias 2 e 31 de agosto. Desse total, 1.040 são de contágio de alunos no período.
Outros 651 funcionários e mais 57 trabalhadores terceirizados também foram contaminados, segundo dados da Sistema de Informação e Monitoramento da Educação para a Covid-19 (Simed) criado pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
No total, foram 4.519 notificações de novos casos de Covid-19 no estado, sendo que 1.541 foram descartados; 69 foram considerados inconclusivos; e outros 1.161 ainda estão em investigação.
O estado possui 3,5 milhões de alunos apenas na rede estadual. Portanto, é 1 contaminado a cada 3.365 estudantes da rede pública do estado.
A Prefeitura de São Paulo não divulgou o número de casos nas escolas municipais. Em nota, disse que a Secretaria Municipal de Educação segue as recomendações das autoridades sanitárias. Na capital, estão matriculados 1.480.257 de alunos. Cerca de 675.9 mil estudantes estão na rede municipal, 565.8 mil, na estadual e outros 238,4 mil na rede privada.
A Secretaria Estadual de Educação disse que que as informações das escolas são notificações e que a classificação final sobre um determinado caso cabe à Saúde.
A pasta disse ainda que o retorno presencial está embasado em experiências internacionais e em pesquisas que evidenciam que, seguindo os protocolos sanitários, é possível ter aulas presenciais com segurança. As escolas estaduais já receberam R$ 25 milhões em verba do Programa Dinheiro Direto na Escola para aquisição dos itens de proteção, como máscaras.
O médico infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo João Prats disse que não vê problemas em voltar com as aulas presenciais em todas as faixas etárias. “Realmente pode ter risco de novos casos, mas é bem pequeno.” Segundo Prats, crianças e adolescentes dificilmente pegam Covid e quando acontece geralmente é de casos leves, a não ser que já tenham alguma comorbidade. “No entanto, caso sejam infectadas, elas podem podem passar o vírus para os pais e avós”, lembrou.
Para evitar contágios, Prats disse que o melhor a fazer e manter o controle e os protocolos rígidos. Ele sugeriu também que se faça triagem para identificar alguém com problema e testes rápidos em suspeitos de contaminação.
“É importante também que os pais sejam os primeiros a identificar se há problemas com a criança e em caso de dúvida não mandar para escola”.
Outra medida para evitar novos contágios é criar cuidados específicos nas aulas, com grupos pequenos no momento de recreação e de alimentação. “A volta às aulas não é um problema, mas tem de redobrar a atenção para qualquer faixa etária”, disse. “Agora é o momento de identificar rápido quem está doente, isolar e cuidar”, afirmou.
Fonte: Folha de S.Paulo