ÚLTIMAS

16/12/2020 - Dengue, chikungunya e zika: confira os casos notificados no País
Até o fim da Semana Epidemiológica (SE) 46, em 14 de novembro de 2020, foram notificados 971.136 casos prováveis de dengue no País, com taxa de incidência de 462,1 por 100 mil habitantes.
De acordo com a Secretaria de Vigilância e Saúde do Ministério da Saúde, o Centro-Oeste apresentou a maior incidência com 1.187,4 ocorrências por 100 mil habitantes, seguido das regiões Sul, com 931,3 casos por 100 mil habitantes, Sudeste, com 373,2 casos por 100 mil habitantes, Nordeste, com 258,6 casos por 100 mil habitantes, e Norte, com 114,0 casos por 100 mil habitantes.
Distrito Federal e Goiás foram as Unidades Federadas que apresentaram taxa de incidência acima de 100 casos por 100 mil habitantes.
A curva epidêmica dos casos prováveis de dengue em 2020, até a SE 11, segundo o boletim, ultrapassou os números do mesmo período de 2019. No entanto, a partir da SE 12, houve uma diminuição dos casos prováveis em relação ao ano de 2019.
“Essa redução pode ser atribuída à mobilização que as equipes de vigilância epidemiológica estaduais estão realizando diante do enfrentamento da emergência da pandemia de Covid-19, o que pode estar ocasionando atraso ou subnotificação das arboviroses. Outro fator importante que pode estar associado ao contexto da pandemia é o receio da população de procurar atendimento em uma unidade de saúde”, esclarece o boletim.
Sobre os casos graves, foram confirmados 799, enquanto 8.977 apresentaram sinais de alarme. Com relação aos óbitos, houve a confirmação de 528 por critérios laboral e clínico-epidemiológico.
Chikungunya
Sobre os dados de chikungunya, até a SE 46, foram notificados 78.808 casos prováveis, com taxa de incidência de 37,5 casos por 100 mil habitantes no Brasil. As regiões Nordeste (com 99,4 casos por 100 mil habitantes) e Sudeste (22,7 casos por 100 mil habitantes) se destacaram com as maiores taxas de ocorrência.
75,1% (59.215) dos casos prováveis se concentraram no período até a SE 26, quando a incidência era de 28,2 casos por 100 mil habitantes. Neste período, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte tiveram a maior prevalência da doença. Já entre as SEs 27 e 46, estão 24,9% (19.593) dos casos prováveis da arbovirose, com taxa incidência de 9,3 casos por 100 mil habitantes. Sergipe apresenta uma taxa de incidência acima de 100 casos por 100 mil habitantes.
Zika
Até a SE 43, o Ministério da Saúde recebeu a notificação de 7.006 casos prováveis no País por zika, com taxa de incidência de 3,3 ocorrências por 100 mil habitantes. A região Nordeste obteve a maior concentração de casos (9 por 100 mil habitantes), com destaque ao estado da Bahia (49,2% dos casos). Em seguida, estão as regiões Centro-Oeste (3,6 casos por 100 mil habitantes) e Norte (2,0 por 100 mil habitantes).
Em números gerais, entre as semanas epidemiológicas 45/2015 e 45/2020, foram notificados ao Ministério da Saúde 19.492 casos suspeitos de síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika e outras etiologias infecciosas. Desses, 3.563 (18,3%) foram confirmados. A maioria das notificações confirmadas concentrou-se na região Nordeste, com 2.207 casos (61,9%), seguido da região Sudeste, com 35 (20,6%). Os estados com maior número de ocorrências confirmados foram Bahia (584; 16,4%), Pernambuco (468; 13,1%) e Rio de Janeiro (305; 8,6%).
“Dos 3.563 casos confirmados de óbitos, 2.778 (78,0%) eram recém-nascidos (menor ou igual a 28 dias); 551 (15,5%) eram crianças com média de idade de 8,7 meses; e os demais 234 (6,6%) correspondiam a natimortos, fetos e abortos espontâneos. Foram registrados 74 óbitos fetais: 15 ocorridos em 2015; 45 em 2016; 04 em 2017; 07 em 2018 e 03 em 2019”, segundo o boletim.