O QUE DIZ A MÍDIA

29/08/2019 - Dia D da Diálise pede recursos para tratamento de insuficiência renal

Agência Brasil

A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) faz hoje (29) ações para pedir investimentos para atender pacientes com insuficiência real. Segundo a entidade, atualmente 122 mil pacientes dependem de diálise no país. Em São Paulo, são 19,5 mil pessoas atendidas por 172 clínicas em 79 municípios. 

O Dia D reúne, de acordo com o diretor da associação, Leonardo Barberes, todas as partes interessadas no tratamento da doença. "Os paciente estão envolvidos. As clínicas, médicos, enfermeiros, todos estão envolvidos", ressaltou. 

Diabetes e hipertensão

As ações ocorrem em diversas cidades, segundo ele, como Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Belo Horizonte e Goiânia. Em São Paulo, estão sendo feitos testes de glicemia e pressão arterial na Estação da Luz e no Museu de Arte de São Paulo (Masp), dois pontos com grande circulação de pessoas. 

Leonardo Barberes destaca que o descontrole dos níveis de açúcar no sangue e a pressõa alta são as duas maiores causas de comprometimento dos rins. "A diabetes e a hipertensão arteriral são as duas maiores causas de insuficiência renal. Por isso que estamos verificando pressão e fazendo glicemia", ressaltou o médico. Sem o diagnóstico adequado, esses problemas podem progressivamente causar lesões irreversíveis nos rins. 

Repasses

O diretor da associação reclamou ainda dos atrasos no fornecimeno de medicamentos e nos repasses para a clínicas que oferecem diálise. "O Ministério da Saúde paga em dia, apesar de ser baixo o valor. O grande problema é que muitos municípios atrasam, retendo quatro, cinco ou seis meses, um dinheiro que não é deles", afirmou Barberes. 

Outro problema enfrentado pelos pacientes, de acordo com o médico, é a irregularidade no fornecimento dos medicamentos para transplantados. Barberes diz que, em alguns estados, os remédios podem faltar por dois meses antes de voltarem a ser oferecidos, prejudicando os tratamentos. "O médico troca a prescrição dele para tentar adaptar. Essa é uma outra violência que a nefrologia sofre".