O QUE DIZ A MÍDIA
22/11/2021 - Dose de reforço é para barrar nova onda, diz secretária da Covid
A secretária extraordinária de Enfrentamento da Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, afirmou que a dose de reforço da vacina contra o coronavírus deve ajudar a barrar uma nova onda da pandemia no Brasil.
Segundo Melo, o país dificilmente chegará a um cenário de aumento de casos e mortes, como ocorre hoje na Europa, com a ampliação da imunização.
Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que toda a população com mais de 18 anos receberá dose de reforço da vacina. Antes, a estratégia estava restrita a idosos, profissionais de saúde e imunossuprimidos.
A terceira dose (também chamada de booster, seu nome em inglês) já teve início em diversos países para maiores de 18 anos.
“A dose de reforço é uma estratégia que tem a capacidade, com outras medidas, de barrar uma possível nova onda”, disse Melo à Folha. Essas medidas são as não farmacológicas, como as máscaras e o distanciamento social.
Melo ressaltou que a dose de reforço aumenta a imunidade. Estudos já demonstraram que, com o passar do tempo, há diminuição de anticorpos após o esquema primário completo —as duas doses ou a dose única, no caso da Janssen.
Questionada sobre se há acompanhamento de uma possívelnovaondadeCovid, Melo disse que a pasta está alerta. “Temos reuniões praticamente diárias com monitoramento não só do que acontece aqui no nosso país, mas internacionalmente. E a partir daí, sim, com muita prudência estaremos nos preparando se porventura ocorrer outra onda.”
O cenário externo preocupa. A Alemanha, em meio à explosão de novos casos, decidiu na quinta (18) impor restrições a pessoas que não se vacinaram e ofertar uma terceira dose do imunizante contra a doença para todos com mais de 18 anos.
No Brasil, a meta é atingir ao menos 90% da população com duas doses. Por isso, o Ministério da Saúde promove desde este sábado (20) até o dia 26 a campanha Megavacinação para incentivar a imunização.
A ideia é incentivar as pessoas aptas a tomar a segunda dose e a dose de reforço a procurar unidades de saúde pelo país.
“Caso o esquema [vacinal] não seja completo, não conseguiremos quantidade e qualidade suficientes de anticorpos neutralizantes. Por isso é necessário completá-lo”, afirmou Melo.
No Brasil, 21 milhões de pessoas já podem tomar a segunda dose e ainda não procuraram as unidades de saúde. Outras 9,3 milhões de pessoas já podem tomar a dose de reforço neste mês.
Fonte: Folha de S.Paulo