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19/10/2017 - Especial Prestação de Contas - Recuperação financeira e integração com as regionais

De seis anos para cá, a Associação Paulista de Medicina deu uma guinada em seus processos administrativos e de gestão, tornando-se moderna, ágil e profissional, adotando as melhores práticas e produtos do mercado. Quando Florisval Meinão assumiu a presidência, no fim de 2011, a APM estava próxima da insolvência e corria alto risco financeiro. A relação entre despesas e receitas estava em 98% [conforme pode ser visto no infográfico abaixo]. Além disso, a extinção da Lei do Selo Médico deixara uma previsão de déficit de R$ 2 milhões para 2012.

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O quadro extremamente preocupante motivou medidas urgentes e estruturadas para recuperar eventuais prejuízos. A intervenção trouxe frutos de imediato. Já naquele ano, o resultado foi um superávit de R$ 1 milhão.

De 2012 para cá, os gastos passaram a ser bem controlados, e a cada ano a APM foi conquistando resultados operacionais melhores, atingindo um superávit de R$ 55 milhões no período e possibilitando a realização de uma série de atividades em prol dos médicos, além da construção do novo edifício no terreno do antigo estacionamento da entidade sem a necessidade de recorrer a financiamentos. Para 2017, mesmo com o cenário econômico instável, o resultado operacional deve atingir R$ 7,5 milhões

A APM também possui ativos em bancos brasileiros de grande porte. São investimentos destinados a manter grandes projetos – como as reformas em sua sede, nas Regionais e no Clube de Campo. Hoje, também conta com a opinião de segmentos especializados em gestão de negócios imobiliários para lançar mão dos melhores modelos para rentabilizar o uso do novo edifício, o que trará ainda mais segurança à Associação.

Tudo isso foi possível a partir da implantação de um modelo de gestão baseado em resultados, no qual todos os novos projetos ou a manutenção daqueles já existentes são realizados somente se estiverem absolutamente de acordo com os objetivos estratégicos da APM – valorização do trabalho médico, representatividade política, sustentabilidade econômico-financeira, aumento da quantidade de associados, melhoria de serviços e processos e atuação com a comunidade.

Para cada projeto, são feitas previsão orçamentária – baseada em diversos fatores, não apenas no valor anterior corrigido pela inflação – e uma avaliação de viabilidade diante do binômio custo/benefício. Também são estabelecidos metas e prazos para a conclusão de cada projeto, com auditoria periódica de evolução. Simultaneamente, houve investimento na qualificação dos recursos humanos da APM, com a implantação de um modelo baseado em competências, desde a seleção de pessoas até as avaliações periódicas dos funcionários e plano de carreira.

Valorização patrimonial

Entre o fim de 2011 e o início de 2012, a Associação Paulista de Medicina corria o risco de perder seu terreno da Rua Francisca Miquelina, onde funcionava o estacionamento da entidade. A Prefeitura de São Paulo julgava a área subutilizada  e notificou a APM. Sendo assim, a diretoria de Meinão teve a atitude corajosa e ágil de propor a construção de um novo prédio no local, de maneira a manter o terreno e aumentar o patrimônio dos médicos paulistas e o fluxo de receitas para a Associação, contribuindo para sua autossustentabilidade futura.

Iniciada em maio de 2016, a obra já está em estágio avançado, com quase 85% de conclusão. Em agosto, inclusive, os delegados da APM aprovaram os investimentos para acabamentos internos das unidades residenciais do edifício, que terá 22 andares, além de cobertura com piscina e churrasqueira. Sete andares serão destinados a estacionamento, que acomodará até 102 veículos. Os outros 15 andares terão 117 apartamentos residenciais, de 30 a 40 metros quadrados.

Todo o processo é avaliado física e financeiramente pela empresa TRS Engenharia, que estudou o mercado da região e a mobilidade logística para a execução da obra. O custo total do prédio, corrigido pelo Índice Nacional de Custo da Construção, está em R$ 32 milhões. Esse dinheiro, como já dito, está saindo de ativos próprios da APM, que não precisou recorrer a nenhuma espécie de empréstimo ou financiamento.

Ainda na esteira da valorização patrimonial, APM reformou toda a estrutura elétrica e hidráulica de sua sede e inaugurou um novo e confortável espaço de atendimento aos seus associados. Nele, estão reunidos os departamentos de Serviços, Central de Relacionamento e parceiros como a Qualicorp, para que o médico possa resolver tudo em um só lugar. Além disso, o espaço conta com um café de primeira qualidade e obras da Pinacoteca e da Biblioteca da APM. Houve, ainda, diversas reformas no Clube de Campo, tornando as dependências mais acessíveis e confortáveis para os médicos. A instalação de um poço artesiano, por exemplo, resolveu a ques tão da falta de água em algumas épocas do ano. Houve ainda a resolução de problemas com a contenção das encostas e drenagem pluvial, além de reformas da sauna, das quadras e da lanchonete. O restaurante do Clube foi completamente reestruturado e agora tem estrutura para sediar grandes eventos, como festas de casamentos, contando com visão panorâmica para a hípica, um bar de bebidas especiais e adaptações para pessoas com deficiência física.

Integração com as Regionais

Trazer as APMs do interior para tomar as decisões em conjunto com a diretoria foi outra das marcas desta gestão. Hoje, basta ver as Assembleias e encontros de trabalho da entidade estadual, nas quais os representantes das Regionais estão sempre presentes, demonstrando a união conquistada nos últimos seis anos. O repasse financeiro ao interior, por exemplo, aumentou exponencialmente [o que pode ser constatado no infográfico abaixo]. Em 2012, o valor ficou em R$ 2,804 milhões. Em 2016, foi consolidado um aumento de 74%, com a verba atingindo R$ 4,870 milhões. Para 2017, a expectativa é que o crescimento seja de impressionantes 145%, totalizando R$ 6,879 milhões. Antes, o dinheiro destinado às Regionais variava de acordo com cinco modelos: participação de mercado; número de segurados; vendas dos formulários de atestados médicos; comissão sobre cobranças de inadimplentes; e reembolso nos serviços jurídicos, de despachante etc. Nesta gestão, o modelo foi uniformizado, beneficiando as APMs locais e a própria estadual, que não precisa mais de cinco áreas técnicas destinadas a calcular os valores devidos.

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Além disso, há um projeto em andamento com verbas destinadas exclusivamente para reformas nas sedes das Regionais, com avaliação de alvarás, condições de acessibilidade, segurança e instalações elétricas e hidráulicas. Também está em curso, desde o início da gestão da atual diretoria, a adequação das fachadas à marca da Associação Paulista de Medicina, processo que já beneficiou dezenas de Regionais.

Cabe ressaltar que todas as mudanças nos últimos anos visam fortalecer a grande missão da Associação Paulista de

Medicina, desde sua fundação em 1930, de representar e defender o médico, na sua atividade profissional, e, ao mesmo tempo, lutar por uma assistência de qualidade à população. Os desafios a serem enfrentados ainda são enormes, mas a APM já está pronta para o futuro.