O QUE DIZ A MÍDIA

31/05/2021 - Estados vacinam jornalistas e setor da construção civil

Estados decidiram incluir como prioritários para receber a vacina contra a Covid-19 jornalistas (caso de Maranhão e Mato Grosso) e trabalhadores da construção civil (Maranhão e Mato Grosso do Sul).

As categorias não constam do Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, no rol de grupos que devem ser imunizados primeiro.
Também estão sendo imunizados em alguns estados novos grupos, esses sim previstos no PNI, como moradores de rua, caminhoneiros e trabalhadores de portos, ferrovias e aeroportos.

No Maranhão, o governador Flávio Dino (PC do B) anunciou na sexta-feira (28) a inclusão dos profissionais de empresas de comunicação entre os grupos prioritários.
A vacinação valerá não apenas para jornalistas, mas para todos os funcionários de rádios, jornais, portais jornalísticos e emissoras de televisão, incluindo auxiliares administrativos, motoristas e auxiliares de serviços gerais.

O governo maranhense iniciou também a vacinação de profissionais da construção civil, outra categoria não prevista no plano do ministério.
O Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 é composto por 29 grupos prioritários, o que inclui idosos, pessoas com comorbidades, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas com deficiência permanente, população carcerária e população de rua.

Também estão incluídas categorias profissionais como os trabalhadores da saúde, educação, forças de segurança e trabalhadores do setor de transporte, incluindo caminhoneiros e portuários.

Em Cuiabá, a prefeitura iniciou na quinta (27) a vacinação de profissionais que atuam em veículos de comunicação, na cobertura do dia a dia, por exercerem uma atividade considerada essencial.
“São profissionais que estão trabalhando na linha de frente, a informação é uma necessidade”, disse o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Os profissionais receberam a primeira dose dos imunizantes da Pfizer ou Astrazeneca e deverão ter o ciclo vacinal composto em três meses, com a segunda dose.
A estimativa da Secretaria da Saúde é que cerca de 700 pessoas sejam vacinadas.
A lista com os nomes é critério para que o cadastro no site da campanha de vacinação seja validado e liberado para agendamento dos profissionais, que continuarão a ser imunizados nesta semana.
Antes de profissionais da imprensa, a Prefeitura de Cuiabá já tinha vacinado outros grupos fora da lista dos prioritários na maior parte do país, como moradores de rua e catadores de recicláveis.

Com mais de 30% da população vacinada contra a Covid-19 com a primeira dose, Campo Grande ampliou o público-alvo na última semana, incluindo caminhoneiros e trabalhadores industriais e da construção civil acima de 45 anos. Também já estão sendo vacinados os trabalhadores de transportes aéreo, aquaviário e ferroviário.
Segundo o secretário da Saúde José Mauro Pinto de Castro Filho, apesar de conseguir expandir o público-alvo da vacinação mais rapidamente do que outras capitais, esses grupos prioritários elencados no plano nacional acabam atrasando a aplicação de doses.

“Acredito que o critério por idade seja o único que deveria ser seguido”, afirmou. Em paralelo, a cidade começa a vacinar pessoas com 57 anos ou mais, desde sábado (29).
Castro aponta que a imunização de classes específicas acrescenta uma série de dificuldades às equipes, como checagem da documentação necessária para comprovar aderência aos grupos.

Ele conta que, para definir o grupo de industriais, por exemplo, teve que checar os dados de diversas empresas da cidade e selecionar os CNPJs necessários para o cadastro prévio.
O secretário atribui a elevada taxa de vacinação da cidade à grande oferta de locais para recebimento das doses e ao atendimento estendido até as 23h em alguns dias da semana. “Toda vacina que chega já vai para as unidades que conseguem vacinar no mesmo dia.” A cidade do Rio de Janeiro começou na última semana a vacinar as pessoas em situação de rua, que fazem parte do grupo prioritário.

A imunização de policiais, bombeiros, motoristas e cobradores de ônibus está suspensa desde 7 de maio, após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que barrou a antecipação desses grupos no estado fluminense. Profissionais da educação também tinham sido excluídos, mas voltaram para a lista.

Fonte: Folha de S.Paulo