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06/12/2017 - Estudos usam terapia genética e alteração no metabolismo para tratar Alzheimer

Sem cura, a doença de Alzheimer ainda intriga a ciência, apesar de ser a condição neurodegenerativa mais comum. Com isso, cientistas buscam alternativas de tratamentos que possam dar maior qualidade de vida aos pacientes e duas delas foram publicadas em duas revistas científicas de peso essa semana: na "Nature" e na "Science Advances".

Em uma das primeiras estratégias, publicada na "Nature", cientistas alteraram o metabolismo de células para impedir a formação de uma camada de proteína, chamada de beta-amiloide.

Estudos anteriores demonstram que essa proteína está aumentada em pacientes com a doença: localizada ao redor de células nervosas, ela impede que neurônios transmitam informações -- o que é um gatilho para sintomas característicos da doença, como falhas na memória.

Para impedir a produção da proteína, cientistas usaram cobaias para fazer modificações nas mitocôndrias, estrutura central para a produção de energia para o corpo. Eles descobriram que, ao fortalecer a defesa das mitocôndrias por meio da ativação de uma proteína chamada UPRmt, elas se tornaram capazes de diminuir a formação das placas.

Resumo das estratégias

1 - No estudo da 'Nature', cientistas alteraram o metabolismo de células para diminuir a formação de placas que impedem a comunicação entre neurônios

2 - No estudo da 'Science Advances', pesquisadores acreditam que transplante de células geneticamente modificadas pode ser um dos caminhos. O tratamento deve ser feito diretamente no cérebro, no entanto

A ciência já conhecia que mitocôndrias são disfuncionais em pacientes com Alzheimer, mas não se sabia exatamente qual caminho poderia ser trilhado para que elas fossem utilizadas no tratamento da doença.