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10/06/2021 - EUA compram 500 milhões de doses para doar a países
Estados Unidos estão comprando 500 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus produzidas pela Pfizer para doar para outros países, segundo disseram pessoas próximas à negociação ao jornal The New York Times.
O plano, que deve ser anunciado pelo presidente Joe Biden no encontro do G7 no Reino Unido nesta semana, foi divulgado primeiramente pelo Washington Post. Quando embarcou no avião oficial com destino à Europa nesta quarta (8), Biden disse aos repórteres que faria nos próximos dias o anúncio de uma estratégia global de vacinação.
Os EUA devem comprar as doses a preço de custo, segundo o New York Times. Os primeiros 200 milhões de vacinas seriam distribuídos ainda neste ano, e 300 milhões até a metade do ano que vem. Segundo a Reuters, essas doses serão direcionadas a 92 países de baixa renda e à União Africana por meio do Covax, iniciativa vinculada à OMS para a distribuição de doses a nações em desenvolvimento.
O governo dos Estados Unidos e a farmacêutica não comentaram a informação.
O coordenador da resposta da Casa Branca ao coronavírus, Jeffrey Zients, disse em comunicado nesta quarta que Biden usaria o ritmo da vacinação no próprio país para “reunir as democracias do mundo para resolver esta crise globalmente, com os EUA liderando o caminho para criar um arsenal de vacinas que serão fundamentais em nossa luta global contra a Covid-19”.
A iniciativa faz parte dos esforços da gestão democrata para responder às cobranças por ajuda robusta ao programa de imunização de países sem acesso à quantidade necessária de doses para suas populações. Apesar de volumosa, a compra está longe dos 11 bilhões de doses que a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima serem necessários para vacinar o mundo.
Os EUA já tinham prometido compartilhar mais de 20 milhões de doses de vacina até o fim de junho. O número se somou aos primeiros 60 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca que a Casa Branca já havia se comprometido a distribuir, totalizando 80 milhões de vacinas a serem enviadas ao exterior.
Na semana passada, o governo detalhou parte do plano e disse que vai enviar, inicialmente, 6 milhões de doses para o Brasil e outros países da América Latina. O compartilhamento será feito via Covax, e ainda não há detalhes sobre o número de imunizantes que o Brasil vai receber.
Assim como ocorreu com o acesso a respiradores e máscaras ao longo da pandemia, há uma desigualdade na distribuição das vacinas. Os países que tinham mais recursos e poder na geopolítica global chegaram primeiro e reservaram para si a maior parte dos imunizantes disponíveis. As primeiras compras foram feitas pelos EUA e pelo Reino Unido em maio de 2020, quando as vacinas ainda estavam em desenvolvimento.
Fonte: Folha de S.Paulo