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Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo divulga resultados da avaliação de 2016, que teve queda no desempenho em relação ao ano anterior

O Cremesp divulgou os dados de seu último exame nesta quarta-feira (8), com constatações preocupantes: de 2.677 egressos dos cursos de Medicina do estado de São Paulo que realizaram a prova, 56,4% (1.511) não alcançaram a nota que o Conselho considera como mínima. Ou seja, acertaram menos de 60% das 120 questões. No ano anterior, o índice de reprovação havia ficado em 48,1%.

A série história do Exame do Cremesp, entretanto, mostra que a turma de 2015 – com taxa de aprovação de 51,9% – foi um ponto fora da curva. Tirando este ano em questão, desde 2011 que os aprovados oscilam entre 40% e 45% dos participantes. Dado que evidencia a necessidade de mudanças no ensino médico, considerando o caráter da prova.

A avaliação – aplicada pela Fundação Carlos Chagas – abrange as principais áreas da Medicina: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Pública e Epidemiologia, Saúde Mental, Bioética e Ciências Básicas. As questões são majoritariamente de complexidade e dificuldade médias para baixas.

Os resultados de 2016 também trouxeram uma mudança relevante: as escolas públicas tiveram piora de desempenho. A reprovação dos egressos de escolas médicas públicas passou de 26,4%, no ano passado, para 37,8%. Já entre os cursos de Medicina privados, 66,3% dos alunos foram reprovados em 2016, também superando os resultados de 2015 (58,8%) - confira tabela completa abaixo.

Agora, os participantes receberão suas notas confidencialmente, enquanto as escolas médicas receberão um relatório detalhado do desempenho de seus alunos – mantendo a confidencialidade do exame. Quem reprovou poderá fazer algum dos cursos on-line oferecidos pelo próprio Cremesp – em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein – gratuitamente para se reforçar nos campos em que obteve pior desempenho.

Erros básicos
-80% não souberam interpretar um exame de radiografia e erraram a conduta terapêutica de paciente idoso;
-78% não souberam interpretar o tipo de pesquisa científica e a relevância para indicação de novos tratamentos;
-76% não souberam indicar qual medicação antipsicótica está associada a maior ganho de peso;
-75% não souberam identificar as principais características e conduta a ser tomada no caso de paciente com deficiência respiratória;
-71% não acertaram diagnóstico e tratamento para hipoglicemia de recém-nascido, problema comum nos bebês.

Escolas que tiveram média de acerto igual ou maior a 60% entre seus alunos