REGIONAIS

16/02/2017 - Fernandópolis: Defesa Profissional da APM espera resposta da Santa Casa em 14 dias
Depois de intervenção da Defesa Profissional da Associação Paulista de Medicina (APM) – por meio do diretor João Sobreira de Moura Neto – a Regional de Fernandópolis aguarda um parecer da administração da Santa Casa local sobre as dificuldades financeiras e técnicas, que comprometem a qualidade no atendimento e são responsáveis pela acumulação de uma dívida milionária somente no que diz respeito a vencimentos médicos.
A deliberação ocorreu no último dia 10 de fevereiro, em encontro que contou com a participação – além de Sobreira – do presidente da APM Fernandópolis, Márcio César Reino Gaggini, da diretora de Defesa Profissional da Regional, Francisca Goreth (que intermediou o contato entre a entidade local e estadual), do 8º diretor Distrital da APM, Helencar Ignacio, dos administradores da Santa Casa, de autoridades de Saúde da região e de representantes da sociedade civil. O prazo solicitado pela provedoria foi de 20 dias, o que se encerrará no dia 2 de março.
“Importante frisar que mesmo com o não pagamento de seus vencimentos, os médicos locais não deixaram de prestar atendimento à população, ainda que em meio a muitas dificuldades. Nunca foi essa a ideia. Apenas queremos atender com qualidade e com honorários devidamente pagos”, ressalta Gaggini.
Entenda o imbróglio
No início de 2016, foi enviado à APM Fernandópolis um ofício assinado por 35 médicos, solicitando auxílio do departamento de Defesa Profissional da Regional devido às condições de trabalho e aos atrasos de honorários na Santa Casa. Há atrasos que se acumulam desde 2013, 2014. “Em 2016, a dívida referente aos pagamentos dos médicos somou R$ 2 milhões”, conta o presidente da Regional.
Para não deixar a população sem atendimento, provedoria da Santa Casa, corpo clínico e APM Fernandópolis chegaram a um acordo: os R$ 2 milhões seriam quitados em 25 parcelas. O presidente da Regional relata que, no entanto, o hospital honrou com somente duas parcelas e, frente a essa situação, a Regional solicitou a intervenção da Defesa Profissional da APM Estadual.
“Agora, iremos esperar o retorno da provedoria e da administração da Santa Casa. Eles deverão formular uma nova proposta para quitar as dívidas ou podem entregar a manutenção do hospital a outra Organização Social de Saúde (OSS). Pelo menos temos novas perspectivas para o futuro”, diz Gaggini.
Apoio às regionais
Neste ano, a Defesa Profissional da entidade estadual já havia participado das negociações entre médicos e Santa Casa em Leme. O problema foi semelhante, com falta de verbas para serem repassadas aos prestadores e médicos, resultando em serviços básicos paralisados. As tratativas fizeram com que uma auditoria fosse realizada no hospital e uma solução tenha sido encaminhada.
Esse apoio às Regionais para solução de problemas locais é frequente e ocorre todos os anos dentre as atividades da Defesa Profissional da APM, que trabalha em conjunto com a assessoria jurídica e o médico e assessor da Diretoria da entidade, Marcos Eurípedes Pimenta.
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