O QUE DIZ A MÍDIA
30/04/2021 - Fiocruz entrega 6,5 milhões de imunizantes da AstraZeneca
No total, serão 19,7 milhões fornecidos em abril; produção é garantida até junho
A Fiocruz deverá entregar, hoje, cerca de 6,5 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 produzidas em Bio Manguinhos. Será a maior entrega do imunizante já feita pela fundação.
Com a nova remessa, a Fiocruz chegará a 19,7 milhões de doses entregues no mês de abril, superando em quase um milhão a previsão para o mês, que era de 18,8 milhões. O maior fornecimento feito até agora foi o da semana passada, de 5,2 milhões de doses.
Ficou acordado entre a fundação e o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) que as entregas semanais de vacinas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) serão feitas, por questões logísticas, sempre às sextas-feiras.
Para maio, a previsão é fornecer 21,5 milhões de doses.
Com a chegada, no sábado passado, de novo lote de ingrediente farmacêutico ativo (1FA) vindo da China, a fundação tem garantida sua produção até meados de junho.
Para aquele mês, estão previstas 34,2 milhões de doses, mas o montante ainda depende de novas remessas de IFA provenientes da China. Em julho, está programada a produção de 22 milhões de doses. Caso tudo ocorra dentro do esperado, a Fiocruz vai cumprir o contrato de entrega de 100 milhões de doses até julho, incluindo as 4 milhões compradas, já prontas, da índia, no começo do ano.
Até o momento, foram disponibilizados ao PNI, do Ministério da Saúde, 20 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, sendo 16 milhões produzidas nas instalações de Bio Manguinhos/ Fiocruz. Somando as 6,5 milhões de doses de hoje, serão 26,5 milhões.
No início do mês, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que a instituição planejava ela própria produzir o IFA, a partir de um contrato de transferência de tecnologia para a produção da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca. Segundo a Fiocruz, o contrato deve ser assinado no início de maio e, já a partir de setembro, o Brasil poderia contar com um imunizante de produção nacional, “sustentando” a vacinação no país.
Por enquanto, a Fiocruz ainda precisa importar o in- sumo da China para produzir a vacina, o que já gerou atrasos na entrega. Em fevereiro, o envio do ingrediente ativo atrasou e a produção teve de ser paralisada. A instituição ainda sofreu outro atraso, no início do ano, por um problema na linha de produção, em uma máquina que tampa os frascos da vacina.
Fonte: O Globo