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Bom desempenho profissional, ética em redes sociais, tributação e investimentos financeiros foram alguns dos assuntos tratados no I Encontro do Médico Jovem da Associação Paulista de Medicina. Realizado na sede da entidade no último sábado (8), o evento que objetivou discutir os desafios dos recém-formados na área médica, trocar experiências profissionais e prestar esclarecimentos à categoria reuniu cerca de 100 pessoas.

“Esse encontro é muito especial porque faz parte de um projeto muito ambicioso da APM, de fortalecimento de suas atividades em defesa dos médicos que estão iniciando sua vida profissional”, destacou o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, à mesa de abertura dos trabalhos.

Ao esclarecer aos presentes sobre os dois propósitos cruciais que deram origem à fundação da entidade, falou da importância da atuação coletiva dos médicos jovens em entidades representativas. “A defesa profissional do médico e da qualidade da saúde oferecida à população são duas vertentes que os nossos saudosos colegas colocaram na ata de fundação da APM há 86 anos e que permanecem até hoje em nossa pauta. As entidades médicas de São Paulo, em suas especificidades, conseguem trabalhar em conjunto para levar adiante essas finalidades”, ressalta.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Mauro Gomes Aranha de Lima, pontuou a crescente formação jovem e feminina na Medicina no estado paulista. “Hoje, a faixa de até 35 anos já corresponde 30% dos médicos, que em números atinge 130 mil profissionais. Sendo que, nesse grupo, as mulheres já são maioria, representando 54% da fatia. Ou seja, é importante que percebam a pujança que vocês têm para mudar o status quo em busca uma melhor Medicina em São Paulo.”

“Saímos da faculdade e vamos para o mercado de trabalho sem conhecer a tributação da área, as necessidades específicas para montar um consultório médico e como funciona o sistema público e suplementar em detalhes. Isso é uma falha grave das escolas médicas do País. Desse modo, precisamos de auxílio dos médicos mais experientes, que já têm esse conhecimento”, disse o presidente da Comissão do Médico Jovem da APM, Gustavo Barros, ao explicar sobre a finalidade do grupo que surgiu em 2016, vinculado à Defesa Profissional da entidade, e da intenção do primeiro encontro.

A ampliação recente dos cursos de Medicina resultou em um expressivo número de formados na carreira. Isso trouxe, como consequência, uma reserva maior de profissionais e a desvalorização salarial, além do desemprego e da carreira pública cada vez mais escassa. Essas outras limitações atualmente enfrentadas pelo médico recém-formado foram abordadas pelo presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Eder Gatti Fernandes, ainda durante a abertura do evento. “Por isso, precisamos estar juntos de nossas entidades. São elas que farão frente a essas situações. Além da união coletiva, precisamos de orientação individual. Neste quesito, o melhor investimento é prezar pela qualificação acadêmica”, reiterou.

“É importante que vocês levem as informações desta reunião para seus ambientes de trabalho e queremos que façam ainda parte da nossa Comissão, para que possamos vislumbrar o futuro da Medicina e, especialmente, compreendermos o papel do médico neste novo sistema que está surgindo”, concluiu Barros.

O encontro foi organizado sob os temas ‘Como ser um bom médico’, ministrado por Miguel Srougi - professor titular de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); ‘Tributos: faça certo e economize’, por Guaci Rangel - diretor da Esca Assessoria Contábil e Tributária; ‘Limites entre mídias sociais e ética’, por Clóvis Francisco Constantino - conselheiro do Cremesp e professor de Ética Médica - e por Antonio Carlos Endrigo, diretor de Tecnologia de Informação da APM; e ‘Investimento e Planejamento: ganhei mais na carreira’, por Samy Dana, comentarista do programa Conta Corrente da Globo News. A cobertura completa do evento você confere na edição de maio da Revista da APM.

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