Notícias

Na última quarta-feira (10), a Academia de Medicina de São Paulo (AMSP) e a Associação Paulista de Medicina (APM) realizaram a segunda edição de 2021 da Tertúlia Acadêmica - com palestra sobre os “Grandes avanços na Cardiologia”, ministrada por Carlos Vicente Serrano Junior, diretor da Unidade Clínica de Aterosclerose do InCor/HC-FMUSP e de Relações Internacionais da Associação Médica Brasileira (AMB).

Antes do início da reunião, José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMSP e da APM, fez a apresentação do palestrante, que representa a Medicina brasileira junto à Associação Médica Mundial (WMA na sigla em inglês).

Serrano, por sua vez, agradeceu o privilégio de ministrar a palestra e a presença dos acadêmicos no evento. “Coube a mim falar nesta tertúlia sobre as grandes novidades e avanços na Cardiologia nos últimos anos, e é com muita honra que tenho essa oportunidade de estar aqui com os acadêmicos”, agradeceu.

Em sua apresentação, o especialista trouxe uma lista de avanços de 1960 a 2015, quando foram praticados estudos e importantes realizações que tiveram impacto positivo especificamente da doença coronária e seus fatores de risco, além de trazer benefícios em prognóstico de pacientes com doenças cardiovasculares.

“Em 1960, tivemos a primeira cirurgia de revascularização coronária, e que realmente revolucionou o tratamento da doença. Também se observou a importância e o impacto do tabagismo, mostrando ser um fator de risco significativo para o desenvolvimento de doenças. Mais tarde, foi realizada a primeira angioplastia e outros exames e cirurgias, além do desenvolvimento de medicamentos que hoje são muito utilizados na Cardiologia”, relembrou.

Avanços e perspectivas

“Observa-se que, até a pandemia, as doenças cardiovasculares e o câncer têm substituído as doenças infecciosas como as principais causas de morte. Se destacarmos a doença coronária e o AVC, os dois tipos de doenças que levam a óbito de modo significativo, vimos que nos últimos anos houve uma queda significativa, graças a esses avanços”, completa Serrano.

O palestrante ainda ressaltou que, a partir desses avanços, o que se espera é que a diminuição de mortes continue e que a prevenção primária e secundária tenha um papel cada vez mais importante.

Outros destaques trazidos por ele foram os avanços na doença coronária, aterosclerose e inflamação, Covid-19, envelhecimento e câncer, valvopatias, arritmias cardíacas, distúrbios metabólicos e insuficiência cardíaca - doenças em constante evolução e desenvolvimento de tratamentos. O diretor da AMB também abordou formas de prevenção, fatores de risco e uso de medicamentos para essas doenças, que têm ajudado a diminuir o número de óbitos.

Carlos Serrano encerrou sua palestra falando sobre as perspectivas para futuros avanços cardiológicos, destacando a imunoterapia na aterosclerose, controle à resposta inflamatória e prevenção primária em doenças cardíacas. “Não adianta ter todos esses avanços se não agirmos na prevenção primária. Nunca é tarde demais e nunca é cedo demais. Se controlarmos a presença de possíveis fatores de risco precocemente e os níveis de pressão arterial nos jovens, certamente teremos menos eventos cardiovasculares e aumento de sobrevida para nossos pacientes.”

Notícias relacionadas:
11/02/2021 - Tertúlia acadêmica: Edivaldo Utiyama fala sobre experiência do HC na pandemia
09/02/2021 - Confira a programação completa das Tertúlias Acadêmicas de 2021