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26/06/2018 - Gripe e resfriado: conheça as principais diferenças

Tanto gripes quanto resfriados são doenças infecciosas. A gripe (também pode ser denominada Influenza) é causada pelo vírus Influenza, ao passo que o resfriado é causado principalmente pelos Rhinovírus. As diferenças giram em torno da agressividade dos sintomas, que são muito mais intensos nos casos de gripe.

Gripe

Os sintomas da influenza, tanto a sazonal quanto à pandêmica, pouco diferem entre si. Em geral, os primeiros sintomas são calafrios ou uma sensação de frio, mas febre pode também representar a primeira manifestação clínica, com temperaturas corpóreas variando entre 38 a 39 °C. Os principais sintomas da gripe são:

• Dores pelo corpo, especialmente nas articulações e garganta

• Febre e frio excessivo

• Fadiga

• Cefaléia

• Olhos irritados e lacrimejantes

• Vermelhidão dos olhos, pele (particularmente face), boca, garganta e nariz

• Em crianças, sintomas gastrintestinais, principalmente diarréia e dores abdominais.

Os resfriados são caracteristicamente mais brandos; raramente acarretam complicações graves como pneumonia.

Transmissão

Não há tratamento específico. Quem fica resfriado pode se tratar em casa com repouso, boa hidratação, alimentação saudável, além de antitérmicos e analgésicos de costume, quando necessário.

No que tange aos mecanismos de transmissão, em termos gerais pacientes com gripe são mais infectantes entre o segundo e terceiro dia após o início da infecção; a infectividade persiste por até dez dias.

Crianças são muito mais infectantes comparativamente aos adultos, albergando vírus por período de até duas semanas após a infecção pelo vírus influenza.

O vírus influenza pode se disseminar através de três maneiras principais:

• Transmissão direta: quando uma pessoa infectada espirra ou tosse, expelindo partículas mucóides no interior dos olhos, nariz ou boca de outra pessoa;

• Através da inalação de aerosóis produzidos por pessoas infectadas que tossem, espirram ou cospem no meio ambiente;

• Transmissão através da via mãos-boca, tanto por intermédio de superfícies contaminadas (por exemplo, apoios de mãos presentes em veículos de transporte coletivo) ou contato pessoal direto, tais como apertos de mão ou beijos.

• O tempo que o vírus influenza sobrevive nas gotículas respiratórias aparentemente é influenciado pelos níveis de umidade e radiação ultravioleta do meio-ambiente; no inverno, a baixa umidade do ar e a ausência de luz solar provavelmente constituem-se fatores que auxiliam na sobrevida da partícula virótica.

Prevenção

No que diz respeito à prevenção, preconiza-se que se evitem aglomerações, principalmente em locais fechados, de baixa ventilação natural; manter higiene corpórea adequada, principalmente das mãos, lavando-as e/ou higienizando com freqüência; o álcool é eficaz contra o vírus influenza

Deve-se proceder ao isolamento, de preferência domiciliar, de pessoas sabidamente infectadas, pelo prazo de 7-10 dias após início dos sintomas. Esse prazo deveria ser estendido em casos confirmados de infecção em crianças.

Como regra básica higiene, deve-se evitar cuspir em local público; cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; não compartilhar objetos tais como talheres, copos, pratos e toalhas.

Grupos de risco

Quando abordamos prevenção, devemos ressaltar a indicação quanto ao uso da vacina contra influenza, dando-se especial ênfase aos grupos mais suscetíveis a complicações associadas/consequentes à gripe:

• Transplantados;

• Pacientes com problemas renais;

• Pulmonares;

• Cardiopatas;

• Gestantes e puérperas (que deram à luz há menos de 45 dias);

• Hipertensos;

• Diabéticos;

• Indígenas;

• Crianças abaixo dos 2 anos idade);

• Idosos (acima 65 anos idade);

• Obesos;

• E pessoas com qualquer outra modalidade de deficiência em sua imunidade.

Tratamento

Quanto ao tratamento, deve-se aconselhar pacientes com gripe a repousar, ingerir grandes quantidades de líquido, evitar ingestão de álcool e interromper o cigarro. Caso necessário, o tratamento antitérmico e analgésico de escolha é dipirona e o paracetamol; deve-se evitar o uso de aspirina e anti-inflamatórios, em virtude da possibilidade exacerbada de fenômenos hemorrágicos.

Particularmente no que se refere à terapêutica sintomática da gripe pandêmica, é aconselhável se evitar o uso de anti-inflamatórios.

Duas classes de drogas antiviróticas são disponíveis contra influenza:

• Inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir);

• Inibidores da proteína M2 (da matriz da partícula virótica), como os derivados da adamantana (amantadina e rimantadina).

A análise genética e fenotípica das cepas do vírus influenza A H1N1 indicam serem o mesmo suscetíveis ao oseltamivir e ao zanamivir, mas resistentes à amantadina e rimantadina.

O tratamento com oseltamivir deve ser instituído o mais precocemente possível, sendo possível sua utilização até 48-72 horas o início do primeiro sintomas (em geral, febre).

Por: Veja