SAÚDE E SOCIEDADE

21/01/2022 - Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste

Laboratórios vão procurar governo para embutir serviço em autoteste

Após a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de adiar a liberação dos autotestes de covid no Brasil, a Abramed, associação que reúne empresas de medicina diagnóstica como Dasa, Fleury e Einstein, diz que vai procurar o Ministério da Saúde para sugerir serviços de laboratórios que poderiam auxiliar a população a aplicar os autoexames. Segundo informou o Valor Econômico, a sugestão seria verificar o funcionamento dos testes e transmitir os resultados às autoridades, segundo a entidade. Executivos do setor avaliam que os laboratórios, que viram nascer um mercado com os testes de covid na pandemia, poderiam encontrar um novo nicho de atuação na área, caso viessem a perder espaço com a chegada do autoteste. A Abramed saiu em defesa da decisão da Anvisa de não aprovar o uso do autoteste. A entidade afirma que, antes de liberar os pacientes para fazer seus próprios exames, seja estruturado um sistema de compartilhamento de informações sobre os resultados dos testes. Também sugere que o Conecte SUS seja avaliado como uma das possibilidades.

DIRETRIZ

Entidades médicas agem para manter orientação contra 'kit Covid'

Especialistas e sociedades médicas que participaram da elaboração da diretriz contra o uso do chamado 'kit Covid' no SUS (Sistema Único de Saúde) vão apresentar um recurso ao Ministério da Saúde contra a decisão de arquivamento do texto, informou a Folha de S. Paulo. A ideia é tentar reverter o veto sem passar pelo secretário de Ciência e Tecnologia da pasta, Hélio Angotti, responsável por brecar a publicação do documento. A diretriz havia sido aprovada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).  Para isso, no lugar de apresentarem um recurso ao secretário, como tradicionalmente tem que ocorrer, irão mandar direto ao gabinete do ministro Marcelo Queiroga. Caso não consigam reverter o veto, os especialistas já falam em recorrer à Justiça. Devem assinar o recurso a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) e a AMB (Associação Médica Brasileira).  Para acessar a matéria completa, clique aqui.     

EPIDEMIA 

Alta de 139% em internações de gestantes acende alerta para recorde de mortes maternas por Covid

As internações de gestantes e puérperas por Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) voltaram a subir a partir do fim de dezembro no país, retomando os patamares de julho, após cinco meses de estabilidade, informou a Folha de S. Paulo. Na última semana epidemiológica de dezembro, houve alta de 139% nas hospitalizações (de 147 para 351) em comparação ao mesmo período de novembro, antes do apagão da base de dados do Ministério da Saúde.Se considerados apenas os casos confirmados de Srag por Covid-19, o aumento é de 62% (de 32 para 52). A suspeita é que, além do avanço da ômicron, a epidemia da gripe H3N2 também seja responsável por parte dessa alta, mas, por falta de testagem, não é possível saber o percentual. Embora as internações por Srag tenham crescido em proporções semelhantes na população em geral, o aumento captado pelo OOBr (Observatório Obstétrico Brasileiro) a partir de dados do Ministério da Saúde, acende um outro alerta. Ele ocorre em um momento em que o Brasil registra um recorde de mortes maternas, tornando praticamente impossível atingir uma meta global da ONU (Organização das Nações Unidas) de reduzir a taxa de mortalidade materna para 30 casos por 100 mil nascidos vivos até 2030. Dados ainda preliminares mostram que de janeiro a setembro de 2021 o país registrou 2.450 mortes maternas, número 23% maior do que o registrado em 2020 e 42%, em 2019. Estima-se que 40% dessas mortes estejam relacionadas à Covid-19. Para acessar a matéria completa, clique aqui.           

TRANSITO 

Países europeus começam tratar covid como endemia 

Os países europeus estão gradativamente iniciando a transição para tratar a covid-19 como uma endemia. Segundo o Valor Econômico, nesta quinta (20), a França anunciou um cronograma para retirada das restrições adotadas para combater a onda da variante ômicron no país, apesar dos números recordes de infecções. Já a Áustria aprovou uma lei que torna obrigatória a vacinação a todos os adultos, para “acabar com o ciclo de aberturas e fechamentos dos lockdowns”, segundo o governo. As infecções com a variante delta estão “claramente recuando”, enquanto a disseminação da variante ômicron, menos perigosa, já atingiu o pico em algumas regiões, incluindo Paris, disse o premiê francês , Jean Castex. Segundo ele, o país entrou em uma nova fase da pandemia, mas destacou que a França não pode tratar a ômicron como uma gripe comum. A Espanha também se prepara para adotar uma abordagem diferente para a covid-19. Com uma das maiores taxas de vacinação da Europa e sua economia fortemente atingida pela pandemia, o governo está elaborando as bases para tratar o próximo surto de infecção não como uma emergência, mas como uma endemia. Medidas semelhantes estão sendo consideradas no vizinho Portugal. Para acessar a matéria completa, clique aqui.