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02/01/2019 - Luiz Henrique Mandetta toma posse como ministro da Saúde

O ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta foi empossado como ministro da Saúde nesta quarta-feira, 2 de janeiro, em cerimônia no Palácio do Planalto. O médico, associado honorário da Associação Paulista de Medicina, destacou que cada centavo economizado pela pasta será dedicado ao objeto-fim: a assistência. “Não dá para gastar dinheiro sem saber. Em um Ministério grande, de alto orçamento, fica fácil esquecer que R$ 1.000 também é dinheiro – e muito.”

Mandetta destacou que ele e o presidente Jair Bolsonaro cumprirão o desafio constitucional que define a Saúde como um direito de todos e dever do Estado. “Não tem retrocesso quanto a isso. Iremos cumprir a Constituição. É isso que me pede o presidente da República e o que peço a todos. Estamos todos debaixo desse guarda-chuva. As únicas verdades absolutas que temos são as constitucionais”, avaliou.

O novo ministro da Saúde também falou sobre a possibilidade de discussões sobre as questões infralegais, sobretudo o conceito de equidade – um dos pilares do Sistema Único da Saúde, junto da integralidade e da universalidade. “O País precisa encontrar caminho para fazer mais por quem tem menos, transformando o desigual em igual. Não será com arroubos de decisões individuais, não respeitando o direito coletivo, que chegaremos a cumprir nosso tripé. Por isso, a equidade deverá ser melhor entendida e talvez tratada pelo próximo parlamento.”

Mandetta destacou, ainda, que não tinha grande amizade com o presidente Jair Bolsonaro, mas que mantinham ambos uma relação de muito respeito. “Fiquei extremamente feliz em vê-lo eleito. Vamos escrever uma nova página juntos frente a esse Ministério e à Presidência. Estamos aqui no dia de hoje, o resto é passado, memória e base. Sabemos de onde viemos, onde estamos e onde queremos chegar”, declarou.

Entre outras questões, o ministro da Saúde apontou alguns outros pontos que pretende trabalhar: a valorização da saúde indígena; a vacinação de populações da região Norte; e a criação da Secretaria de Atenção à Saúde Básica, separando esse setor dos procedimentos de maior complexidade.

Relação com a APM
Sempre próximo da Associação Paulista de Medicina, da qual se tornou associado honorário em 2015, foi na entidade que o deputado teve uma das primeiras conversas para a criação da Frente Parlamentar da Medicina no Congresso Nacional, que foi oficializada no Dia do Médico de 2017, em Brasília.

Assim, a APM apoiou desde o primeiro instante o nome de Luiz Henrique Mandetta para liderar o Ministério da Saúde, acreditando em sua dedicação e competência. “Sua vasta experiência na gestão pública, bem como a acumulada no trato das questões da Saúde Suplementar, evidenciara-se ao longo de intensa atividade e brilhante trajetória no Congresso Nacional. Tem assim, o respeitado colega, a inteira confiança e o irrestrito apoio dos médicos brasileiros, que o consideram plenamente qualificado para os representar na árdua tarefa de reconstrução de nosso Sistema de Saúde”, escreveu à época o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral. 

Em conversa com os médicos paulistas, na FMUSP, no último dia 13, Mandetta inclusive agradeceu o apoio da entidade para o sucesso de sua nomeação. “A Associação Paulista de Medicina merece um capítulo à parte. Agora na época de indicação para o Ministério da Saúde, sem eu pedir nem falar nada, a APM se posicionou em meu favor, o que foi fundamental para reestabelecer a ordem e garantir o apoio das sociedades de especialidades. A verdade ficou muito evidente no processo. Obrigado por sempre terem me ajudado”, declarou o novo ministro.

Currículo
Deputado federal por dois mandatos, o ortopedista Luiz Henrique Mandetta (DEM/MS) foi responsável pela área de Saúde no plano de governo do presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar não quis tentar a reeleição, mas trabalhou ativamente para que o então candidato do PSL vencesse o pleito.

Mandetta entrou para a política em 2005, quando assumiu a Secretaria de Saúde de Campo Grande (MS). Em seu segundo ano como deputado federal, em 2012, foi escolhido por seus pares para presidir a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), uma das mais importantes da Câmara.

É formado pela Universidade Gama Filho (RJ), com especialização em Ortopedia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), e sub especialização em Ortopedia Pediátrica pelo Scottish Rite Hospital for Children em Atlanta. É também especialista em Gestão de Serviços e Sistemas de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Foto: Reprodução/NBR

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