Além disso, o prognóstico também pode ser melhor caso haja avanços na ciência e sejam distribuídas, em larga escala, vacinas seguras contra a dengue.
O QUE DIZ A MÍDIA
11/06/2019 - Mais de 6 bilhões de pessoas correrão risco de ter dengue em 2080, diz estudo
G1
No mundo todo, 6,1 bilhões de pessoas correrão o risco de contrair dengue em 2080 - o equivalente a 60% da população projetada para o fim do século XXI. O índice representa um aumento de 2,25 bilhões de casos em relação a 2015. Segundo estudo publicado na revista científica Nature Microbiology, na última segunda-feira (10), os principais fatores que explicam o fenômeno são o aquecimento global e o crescimento da população em áreas endêmicas.
O mosquito Aedes aegypti aparece em áreas tropicais e subtropicais. No calor, o período reprodutivo é encurtado, ele bota mais ovos e pica um número maior de pessoas. Por isso, a elevação das temperaturas pode aumentar a incidência do inseto em regiões que já registram casos da doença.
O problema mais grave continuará concentrado na América do Sul, no sudeste asiático e na África central, que já são áreas endêmicas. De acordo com os cientistas, as previsões apontam que a população desses continentes vá aumentar - o que pode sobrecarregar os sistemas públicos de saúde de nações pobres.
Em resumo: países que já sofrem com a dengue, como o Brasil, devem ficar mais quentes, com temporadas mais longas de transmissão da doença e casos mais severos. Se, ainda por cima, a população crescer, o número de pessoas com risco de contaminação será naturalmente maior.