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Segundo dados do mais recente boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em 2020, foram registrados 86.166 casos de tuberculose no Brasil. Os números correspondem a uma queda de 10,9% quando comparados aos casos notificados em 2019.

A queda no número de casos foi observada a partir do mês de abril do ano passado, tendo o maior efeito no mês de maio, com 31,9% de redução. A menor queda foi observada na região Sudeste (-9,4%) e a maior na região Sul (-13,1%). Espírito Santo (17,3%), Rio Grande do Norte (15,8%), Acre (3,8%) e Roraima (3,7%) foram as únicas unidades federativas que registraram aumento das notificações no período avaliado.

Na região das Américas, o diagnóstico de casos novos da doença caiu entre 15% e 20%, no mesmo período. No ano passado, de acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,4 milhão de pessoas deixaram de receber o tratamento para TB, pois não foram diagnosticados.

A pandemia de Covid-19 coloca em risco os avanços já obtidos no controle da TB, com comprometimento de indicadores operacionais da doença. Além disso, o impacto nos determinantes sociais da TB durante a pandemia - como pobreza, desnutrição e más condições de moradia - pode aumentar os fatores de riscos para o desenvolvimento da tuberculose.

O monitoramento dos efeitos da pandemia sobre as ações preventivas e de controle da TB irá contribuir no direcionamento de ações, que visam a manutenção dos avanços já alcançados e a progressão das conquistas rumo à eliminação da TB como problema de saúde pública.

A tuberculose é um grave problema de saúde pública e permanece entre as doenças infecciosas que mais matam no mundo. Afeta principalmente os pulmões, e as bactérias que causam a doença são transmitidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. O tratamento é feito com antibióticos orais.