O QUE DIZ A MÍDIA
22/04/2019 - Mesmo em baixa quantidade, consumo de bacon e carne bovina elevam risco de câncer
Folha de São Paulo
Um estudo do Reino Unido feito a partir de dados de 475 mil pessoas mostrou uma ligação entre o consumo de carne vermelha e de carnes processadas, como bacon e linguiça, à ocorrência de câncer colorretal (de intestino ou reto). A pesquisa foi publicada nesta quarta (17) na revista International Journal of Epidemiology.
Foram avaliadas informações de pacientes entre 40 e 69 anos, ao longo de 5,7 anos, em média. Nesse período foram detectados 2.609 casos de câncer colorretal.
A ideia dos cientistas era investigar se o consumo de alguns alimentos poderia ser associado ao surgimento da doença. Nesses casos é difícil falar em causalidade, já que as causas propriamente ditas podem ser múltiplas, inclusive genéticas, mas sim de uma correlação estatística. A favor do estudo está o grande número de casos, que dá peso à associação.
Quanto maior o consumo de carne vermelha (bovina, ovina e suína, por exemplo) e de carnes processadas (salame, presunto, charque etc), maior a incidência de câncer colorretal.
Pelas contas dos pesquisadores, um consumo diário de carne vermelha e/ou processada de 76 gramas em comparação a um de 21 gramas está associado a um aumento de 20% na chance de desenvolver câncer colorretal.
A recomendação atual do NHS, serviço de saúde nacional do Reino Unido, sugere um consumo de até 90 gramas de carne vermelha e/ou processada como parte de uma dieta saudável. Os cientistas acreditam, tendo em vista o potencial benefício de uma redução, que essas recomendações antigas passem por revisões.
Outros alimentos, como carne de aves, queijos, peixes e leite não apresentam qualquer indício estatístico de estarem ligados ao câncer colorretal. Há alguns estudos que mostram um possível efeito protetor do leite, inclusive.
Foram avaliadas informações de pacientes entre 40 e 69 anos, ao longo de 5,7 anos, em média. Nesse período foram detectados 2.609 casos de câncer colorretal.
A ideia dos cientistas era investigar se o consumo de alguns alimentos poderia ser associado ao surgimento da doença. Nesses casos é difícil falar em causalidade, já que as causas propriamente ditas podem ser múltiplas, inclusive genéticas, mas sim de uma correlação estatística. A favor do estudo está o grande número de casos, que dá peso à associação.

A recomendação atual do NHS, serviço de saúde nacional do Reino Unido, sugere um consumo de até 90 gramas de carne vermelha e/ou processada como parte de uma dieta saudável. Os cientistas acreditam, tendo em vista o potencial benefício de uma redução, que essas recomendações antigas passem por revisões.
Outros alimentos, como carne de aves, queijos, peixes e leite não apresentam qualquer indício estatístico de estarem ligados ao câncer colorretal. Há alguns estudos que mostram um possível efeito protetor do leite, inclusive.
Curiosamente, a ingestão de frutas e vegetais, ricos em fibras e muito recomendados em diversas dietas, não parecem ajudar a prevenir a doença. Já a fibra presente em cereais e no pão integral está ligada a uma menor incidência desse tipo câncer. O quinto dos pacientes que mais consomem fibras dessa fonte tem risco 14% menor de desenvolvê-lo.
Curiosamente, a ingestão de frutas e vegetais, ricos em fibras e muito recomendados em diversas dietas, não parecem ajudar a prevenir a doença. Já a fibra presente em cereais e no pão integral está ligada a uma menor incidência desse tipo câncer. O quinto dos pacientes que mais consomem fibras dessa fonte tem risco 14% menor de desenvolvê-lo.