Proposta do Ministério da Saúde está sendo discutida por grupo de trabalho

23/11/2016 - Ministério continua encontros pela criação de planos de saúde “acessíveis”
A Associação Paulista de Medicina segue participando – como representante das entidades médicas – do grupo de trabalho, criado pelo Ministério da Saúde, para a criação de planos de saúde "acessíveis”.
Nesta terça-feira, 22 de novembro, o presidente da APM, Florisval Meinão, esteve em mais uma reunião para a qual levou as preocupações da classe quanto à criação desta modalidade de assistência.
"Estão surgindo algumas ideias neste espaço. Itens como planos de assistência básica sem acesso a especialistas e a exames de alta complexidade, redução do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – que já é restrito –, limitação regional sem autorização para procedimentos que não existem na região e implantação de protocolos rígidos que os médicos terão que seguir”, relata Meinão.
As propostas, segundo o presidente da APM, interferem na autonomia do médico e dificultam o acesso dos pacientes à universalidade dos serviços e à atenção em geral. Além disso, a aprovação deste tipo iniciativa pode aumentar a demanda do Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de não cobertura. A Associação pretende, agora, discutir o tema com as demais entidades médicas na tentativa de ampliar o debate.
Além dos órgãos de defesa do consumidor, a APM é uma das instituições contrárias à proposta. Antes da Lei 9.656/98 não havia critérios para as coberturas, com o prevalecimento do poder de mercado sobre os usuários. "É preocupante o andamento dessa discussão, já tivemos modelos semelhantes no passado e foram extremamente prejudiciais aos pacientes”, finaliza Meinão.