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29/07/2021 - Ministério da Saúde lança boletim especial sobre hepatites virais
Entre 1999 e 2020, no Brasil, 254.389 pessoas foram diagnosticadas com o vírus da hepatite B e 262.815 com o vírus da hepatite C. Ambas as infecções são as principais causas de doenças hepáticas crônicas, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular. De modo que ambas representam um grande desafio de saúde pública para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Esses dados estão no contidos no Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, publicação especial desenvolvida pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) – órgão vinculado ao Ministério da Saúde.
A publicação é destinada ao uso de autoridades de Saúde e instituições parcerias envolvidas no planejamento, implementação, monitoramento e avaliação das atividades de prevenção e controle das hepatites virais.
Segundo os organizadores, por conta dos diferentes modos de transmissão das hepatites virais e dos principais grupos afetados, a redução das infecções e da morbimortalidade por hepatites (e agravos semelhantes) requer uma forte abordagem multidisciplinar, alinhada com a estrutura de cobertura universal de saúde que sustenta o SUS.
Nesse contexto, o DCCI diz estar comprometido com a eliminação das hepatites virais até 2030 como problema de saúde pública, aumentando os esforços para combater as infecções.
O conceito dessa erradicação está baseado nas metas globais estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reduzir novas infecções em 90% e a mortalidade em 65% até o fim da década. Para tanto, o órgão estima ser necessário que ao menos 90% dos casos sejam diagnosticados e 80% tratados.
“Espera-se que as análises deste Boletim possam contribuir para o planejamento das ações de vigilância, prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das hepatites virais, impulsionando a redução e a eliminação dessas doenças no Brasil”, informa a publicação.