Últimas notícias

18/03/2021 - Ministério da Saúde publica estudo sobre efeitos adversos pós-vacinação

Com a campanha de vacinação contra a Covid-19 em curso, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde iniciou um estudo observacional descritivo sobre os eventos adversos pós-vacinação (EAPV) – que podem ou não ter relação com o uso de vacina. A primeira análise publicada corresponde às notificações recebidas entre 18 de janeiro e 18 de fevereiro, em todo o Brasil.

Ao todo, foram notificados 20.612 casos suspeitos de efeitos adversos – 20.181 não graves e 430 graves. As queixas partiram mais das mulheres (84%). Entre as complicações mais simples, foram mais afetados os indivíduos entre 30 e 39 anos, enquanto os efeitos graves foram mais percebidos nas faixas etárias acima de 70 anos. Segundo a análise, a cada mil vacinados, 1,7 apresentou cefaleia, 1,4 dor, 0,9 mialgia e 0,8 pirexia (febre).

Dentre os casos graves, 139 registros evoluíram para óbitos. Após avaliação, o Ministério da Saúde classificou 70% deles como inconsistentes ou coincidentes – ou seja, ocorreram por condições preexistentes ou emergentes causadas por outros fatores e não por vacinas. Os demais casos (30%) estão com informações incompletas e a pasta aguarda os dados para seguir com a investigação.

“Os EAPV notificados, em sua maioria, foram classificados como não graves e ocorreram no sexo feminino. [...] É necessário e imprescindível que os relatos de EAPV sejam apreciados e analisados numa perspectiva adequada, sabendo-se que muitos deles consistem em associações temporais em que as vacinas muitas vezes não são as responsáveis, pois uma grande frequência de quadros infecciosos e em portadores de doenças crônicas na população em geral acontece sem ou com vacinação”, diz o boletim.

O Ministério da Saúde seguirá monitorando a ocorrência de efeitos adversos com as vacinas contra a Covid-19 administradas no País. Na avaliação da pasta, até o momento, os dados indicam que essas vacinas apresentam excelente perfil de risco x benefício, com alta probabilidade de impacto positivo na saúde da população brasileira.