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20/12/2021 - Ministério reduz de 5 para 4 meses intervalo da dose de reforço
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou neste sábado (18) a redução do intervalo de aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 de cinco para quatro meses. Segundo ele, o objetivo é ampliar a proteção contra a variante ômicron.
“A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, afirmou em seu perfil oficial em rede social.
O ministro informou que a portaria com a modificação será publicada na próxima segunda-feira (20). “Informe-se sobre o calendário vacinal de seu município e veja se já chegou a sua vez”, escreveu.
A redução do prazo para a aplicação da dose de reforço era uma demanda dos governos estaduais. Em reunião com o ministro no início do mês, os secretários de Saúde pediram que o intervalo fosse reduzido para quatro meses.
Logo depois, em 2 de dezembro, o governo de São Paulo anunciou diminuição do período para quatro meses para quem tomou as duas doses de Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, com qualquer idade.
Após o anúncio do governo de João Doria (PSDB), membros do Ministério da Saúde afirmaram que a pasta não pretendia recomendar a redução do intervalo de doses de cinco para quatro meses por não haver benefícios comprovados.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chegou a pedir que São Paulo reavaliasse a medida, mas Doria manteve a decisão.
A agência argumentou não ter recebido ou avaliado dados que “sustentem o uso seguro e generalizado de doses de reforço no intervalo de 4 (quatro) meses para todas as vacinas autorizadas e em uso no Brasil”. Na ocasião, infectologistas também afirmaram não haver dados que embasassem a redução do intervalo da dose de reforço.
Mais cedo, Queiroga disse também que a pasta decidiu estabelecer um procedimento mais longo para autorizar a imunização de crianças de 5 a 11 anos e só vai anunciar a decisão sobre o assunto em 5 de janeiro, apesar da autorização da Anvisa para a vacinação deste grupo.
Segundo o ministro, o prazo mais extenso é importante por se tratar de um “tema sensível”.
Fonte: Folha de S.Paulo