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A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde notificou, entre a Semana Epidemiológica (SE) 45 de 2015 e a SE 40 de 2020, 3.559 casos de síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika e outras etiologias infecciosas. No período, foram quase 20 mil casos suspeitos.

De acordo com o levantamento, publicado no último volume do Boletim Epidemiológico do Ministério, entre 2015 e 2019, a maioria das ocorrências confirmadas concentrou-se na região Nordeste, com 2.206 casos (55,6%), seguido da região Sudeste, com 732 (27%).

Entre os estados, a Bahia se sobressaiu com 584 (16,4%) notificações, sendo Salvador a cidade com mais casos: 284. Em seguida, se destacou Pernambuco, com 468 (13,1%) registros, tendo o município de Recife com mais ocorrências, 77.

Na Região Sudeste, o Rio de Janeiro notificou 305 (8,6%) casos, sendo a maioria na capital do estado, com 141 registros. Este ano, “os municípios com mais casos confirmados foram Manaus, com seis, Brasília, com três, e Águas Lindas de Goiás, com dois”, informa o Boletim Epidemiológico.

Óbitos

Entre 2015 e 2020, 2.762 (77,6%) dos casos foram confirmados em recém-nascidos, com tempo de vida menor ou igual a 28 dias; 557 (15,7%) em crianças com média de idade de 8,6 meses; e 240 (6,7%) em natimortos, fetos e abortos espontâneos. Dentre os nascidos vivos, de 3.328 notificações, 449 (13,5%) foram à óbito.

Entre as recomendações, o Ministério da Saúde reforça a atuação ativa dos registros dos casos suspeitos por síndrome congênita associada à infecção pelo vírus zika e outras etiologias infecciosas; o fortalecimento das ações integradas das equipes de vigilância e atenção à saúde; a integração das atividade dos comitês estaduais e, quando necessário, dos técnicos assessores; o acompanhamento do cuidado das crianças suspeitas ou confirmadas com o vírus; o fortalecimento dos serviços de atenção à saúde; e a manutenção das agendas intersetoriais, principalmente com a assistência social.