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Segundo dados do Programa Nacional de Prevenção e controle da Malária (PNCM), no ano de 2019, o Brasil notificou 157.454 casos da doença, o que aponta uma redução de 19,1% em relação a 2018, quando foram registrados 194.572 casos.

Os casos chamados autóctones, ou seja, de pessoas que contraíram a infecção no Brasil, apresentaram decréscimo entre 2019 e 2018 de 18,4%, de 187.757 para 153.296 infecções. De janeiro a junho deste ano, em comparação ao primeiro semestre de 2019, a redução foi de 15,1%, de acordo com dados ainda preliminares.

Em relação aos casos importados, em 2019, o País registrou 4.117 casos, o que equivale a 2,6% do total, procedentes principalmente de países da América do Sul como Venezuela com 2.658 casos (64,6%), Guiana Inglesa com 655 casos (15,9%), Guiana Francesa com 236 (5,7%), Bolívia com 230 casos (5,6%) e Peru com 172 casos (4,2%).

Os estados com o maior número de casos importados notificados foram Roraima, Amazonas, Maranhão, Acre e Rondônia, totalizando 3.783 infecções (94,3%), sendo que apenas Roraima notificou 2.745 (66,7%) destes casos.

Números mundiais

Já o Relatório Mundial da Malária de 2019 reportou que a doença atingiu entre 206 a 228 milhões de casos em todo o mundo no ano anterior.

Dos 405 mil óbitos ocorridos no mesmo período globalmente, a imensa maioria foi no continente africano, em crianças menores de 5 anos. Na região das Américas, em 2018, ocorreram 753.700 casos e 338 óbitos.

Causas e tratamento

A malária é uma doença causada por quatro diferentes tipos de protozoário do gênero Plasmodium. No Brasil, três deles estão ativos, podendo transmitir a doença para pessoas que vivem aqui ou que estão visitando o País.

O principal transmissor da malária aqui é o mosquito Anopheles darlingi infectado por Plasmodium, um dos tipos de protozoário - apenas fêmeas infectadas podem transmitir a doença por meio da picada.

Os principais sintomas da doença são calafrios, febre e sudorese, ocorrendo geralmente algumas semanas depois da picada. O tratamento para malária é feito com medicações antimaláricas, fornecidas gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

O dia 6 de novembro foi estabelecido como Dia da Malária nas Américas, pela Organização Pan Americana de Saúde (Opas) em 2007, e visa estimular a divulgação das ações de vigilância, controle e eliminação da malária, despertando a atenção da população, profissionais da Saúde e governantes para a doença.