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24/05/2017 - Palestra magna e homenagem a Esper Abrão Cavalheiro no XI CPN

O presidente de honra do Congresso ressaltou que os profissionais de neurociência hoje debruçam-se para entender, tratar, proteger, enriquecer e modelar a mente

Esper Abrão Cavalheiro é professor titular do departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Durante a cerimônia de abertura do evento, o também ex-presidente do CNPq recebeu uma homenagem de Rubens Gagliardi pela dedicação de toda a vida à Neurologia. Depois, o especialista foi convidado a ministrar a palestra magna “A Convergência do Conhecimento”.

Ele, que também foi presidente de honra do XI Congresso Paulista de Neurologia, iniciou sua explanação agradecendo o convite, sobretudo pela oportunidade de falar a um público mais jovem. “Primeiro, recebi o convite para ser palestrante. Descobri há alguns dias que seria presidente de honra e quem fica honrado, claro, sou eu. Eu, que fiz minha carreira toda em São Paulo, fico muito feliz de estar no congresso paulista.”

Cavalheiro seguiu contando de sua experiência em Brasília, ao longo da década de 1990, quando foi convidado para participar do Ministério da Ciência e Tecnologia. Por lá, teve contato com as políticas nacionais de nanotecnologia e biotecnologia. “Aprendi muito nesse período, apesar de ser a minha ciência”, avaliou.

A partir desse conhecimento, o homenageado falou sobre a convergência tecnológica para a qual nos encaminhamos. O conceito dessa convergência é o estudo interdisciplinar das interações entre sistemas vivos e artificiais para o desenho de novos dispositivos que permitam expandir ou melhorar as capacidades cognitivas e comunicativas, a saúde e a capacidade física das pessoas, produzindo maior bem-estar social.

E a neurociência é uma das ciências presentes nesta convergência. “Alguns avanços mais significativos da área, durante a década anterior (conhecida como a década do cérebro), foram a clonagem dos genes subjacentes aos principais distúrbios neurológicos, a identificação dos mecanismos subjacentes à plasticidade neural e o desenvolvimento de novas técnicas de imagem funcional, entre outros”, relatou.

Já a década atual, explicou o especialista, é a da mente. Os profissionais de neurociência hoje debruçam-se para entender, tratar, proteger, enriquecer e modelar a mente. “Essa convergência tecnológica nos pede um trabalho em conjunto com demais disciplinas para realizar um avanço. Deixando de lado algumas convicções para aprender com outras áreas. Falar para uma plateia tão grande e jovem sobre isso é um meio para que eu incentive essa convergência”, finalizou.

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