APM NA IMPRENSA

08/09/2021 - Paulo Manuel Pêgo Fernandes participa de edição do Globo Repórter
Paulo Manuel Pêgo Fernandes, Diretor Científico da Associação Paulista de Medicina (APM), participou da última edição do Globo Repórter, exibido na terça-feira (7). O programa acompanhou a batalha enfrentada por brasileiros que aguardam na fila de transplante de órgãos.
A pandemia de Covid-19 deixou ainda mais longa a espera de pessoas que aguardam por transplantes e colocou na fila por um pulmão pacientes afetados pelo vírus.
No começo da pandemia, o Brasil chegou a registrar uma queda de 37% no número de transplantes de órgãos. Atualmente, 235 pessoas esperam na fila por um pulmão — entre elas, pacientes pós-Covid.
Segundo o Instituto do Coração (InCor), um dos maiores centros de transplante do mundo, a taxa de mortalidade dos pacientes na fila subiu de 9% para 40% durante a pandemia.
Os repórteres Caco Barcellos e Mayara Teixeira foram até o InCor, em São Paulo, para entender como funciona o transplante duplo de pulmões — uma esperança para quem teve o órgão totalmente comprometido pela Covid — e acompanharam a preparação para a cirurgia da engenheira Karen Lima.
Antes da vaga no InCor, Karen chegou a ficar internada 20 dias em um hospital particular, pagando com recursos próprios. Após um transplante de pulmão bem-sucedido, Karen não resistiu as complicações de uma infecção e morreu aos 34 anos.
Ainda em São Paulo, a repórter Nathalia Tavolieri foi conhecer a história de Lorena dos Santos, uma criança de apenas cinco anos que, há dois, aguarda um coração. Lorena está, atualmente, no 13º lugar da fila por um coração. Em todo o país, 274 pessoas esperam pelo transplante.
"Eu vou brincar, fazer muitas coisas e o coração não vai ficar mais dormindo e acordando", diz a criança sobre quando receber um novo coração.
Lorena nasceu com uma doença cardíaca grave, que enfraquece os músculos do coração, prejudicando a respiração e o crescimento. "A Lorena é um milagre", diz a mãe Bárbara dos Santos.
A repórter Nathalia Tavolieri também acompanhou Wildro Pires, de 43 anos, que esperava por um transplante há cinco anos. Ele foi diagnosticado com um problema no coração em 2013, em Manaus, sua cidade natal.
Desde então, colocou um marcapasso e passou a fazer acompanhamento médico periódico em São Paulo. No início da 2019, o tratamento parou de apresentar melhora, e Wildro entrou na fila de espera por um coração.
O repórter Caco Barcellos conversou com o analista de sistemas, Henrique Batista do Nascimento, antes de conseguir um transplante. Ele estava desde o dia 14 de abril aguardando um novo pulmão. Com a fala prejudicada, Henrique precisou da ajuda da esposa, Katiane Mendes, para conversar com a reportagem.
Apaixonado por música, o medo de Henrique era nunca mais poder tocar violão. Após quatro meses de internação, Henrique recebeu a notícia de que havia um doador. Ele voltou a tocar após o transplante.