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04/07/2019 - Período frio começa com 339 mortes causadas pela gripe no Brasil
Estadão
SOROCABA – O número de mortes pelo vírus da gripe chegou a 339 em todo o País até o dia 28 de junho, conforme informou nesta quinta-feira, 4, o Ministério da Saúde. Nas últimas semanas, coincidindo com o início do inverno, houve aumento na circulação do vírus influenza nos Estados do Paraná, Rio de Janeiro, Amazonas e São Paulo.
O Paraná tem o maior número de mortes no período – 52. No Rio de Janeiro aconteceram 41 óbitos e no Amazonas, 35. O Estado de São Paulo já soma 34 mortes desde janeiro, mas a metade dos óbitos aconteceu entre maio e junho.
No total, no País, foram registrados 1.756 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causadas pelo vírus influenza. A incidência maior é do H1N1, que infectou 66,7% dos doentes. Em segundo lugar, o H2N3 provocou 16,7% dos casos. O influenza B respondeu por 11,2% e o influenza A não subtipado, por 5,4%.
Nesta quinta, a prefeitura de Boituva, interior de São Paulo, confirmou a primeira morte pelo vírus da gripe na cidade. A vítima, uma mulher de 50 anos, foi internada no final de maio e não se recuperou. O município informou que as unidades de saúde estão com vacinas disponíveis para a população. Em Laranjal Paulista, na mesma região, foi confirmada a primeira morte pelo H1N1, mas a prefeitura não divulgou detalhes sobre o caso.
Outros óbitos pelo vírus influenza foram confirmados, desde o início da semana no interior paulista. Em Campinas, uma mulher de 63 anos morreu no último dia 25 e os exames mostraram que ela foi infectada pelo H1N1. A vítima não tinha sido vacinada. Em São José do Rio Preto, foram confirmados dois óbitos causados pelo mesmo vírus. Na campanha nacional de vacinação contra a gripe, este ano, o Estado de São Paulo ficou abaixo da meta de 90% de imunização dos grupos de risco, atingindo 73,4%. A maioria das cidades ainda tem vacina disponível nos postos.
Em 2018, o Brasil viveu uma grande epidemia de gripe e registrou, até 28 de junho, 4.226 casos de síndromes respiratórias graves causadas pelo vírus influenza. No mesmo período, foram registrados 745 óbitos, mais que o dobro do que foi registrado este ano. O vírus H1N1 foi responsável por 60,1% dos casos graves. No Estado de São Paulo, que teve a maior incidência, foram confirmadas, no mesmo período do ano passado, 264 mortes, quase oito vezes o número deste ano.